09 Novembro 2021
Este é o segundo smartphone que a Motorola lança em parceria com o Google, seguindo exatamente a mesma linha de design e de Android quase puro que foi lançado com os últimos modelos da linha Razr e também com o Moto X. O Moto G é uma versão mais simples do Moto X, com processador Snapdragon 400 rodando quatro núcleos a 1.2 GHz, acompanhado de uma GPU Adreno 305, 1 GB de memória RAM, 8 GB ou 16 GB de espaço interno e uma ótima tela IPS LCD de 4,5 polegadas. Tudo isso por menos de R$ 700 faz dele o melhor smartphone deste custo.
Embalagem simples, apenas com a foto do aparelho
A caixa é mais simples do que a embalagem que vimos com o Moto X. Nela você encontra a foto do aparelho no topo e uma breve descrição do dispositivo logo atrás. Abrindo, há o cabo de dados microUSB, fone de ouvido com controle remoto para chamadas e microfone, carregador de tomada com porta USB e manuais de instrução.
Acessórios inclusos no pacote
A Motorola, e o Google também, não difere drasticamente visualmente o Moto X do Moto G. As diferenças até existem, mas são extremamente sutis e ficam limitadas a textura da parte traseira, ao microfone que não existe por lá e também a possibilidade de abrir a tampa traseira do dispositivo. Na frente, a empresa americana instalou um display IPS LCD de 4,5 polegadas com resolução de 1280 x 720 pixels, que dá aproximadamente 326 pixels por polegada. Há também uma câmera frontal de 1.3 megapixel e sensores de luz.
Tela de 4,5 polegadas
Do lado esquerdo não há nada, enquanto do lado oposto o aparelho apresenta os botões de liga/desliga e de controle do volume.
Botões em apenas uma lateral
Abaixo há uma porta microUSB e o microfone principal, utilizado para chamadas.
Porta microUSB
Acima, encontramos o microfone secundário e uma entrada para fones de ouvido no padrão de 3,5 milímetros.
ENtrada para fone de ouvido
As costas do gadget revela o logo da Motorola em baixo relevo, um grande flash LED e uma câmera de 5 megapixels.
Câmera de 5 megapixels
Dentro da parte traseira, é possível encontrar a entrada para chip da operadora e mais nada. A bateria não é removível e a memória interna não permite expansão com um cartão microSD. A carga total da bateria é de 2.070 mAh, o suficiente para segurar durante um dia inteiro de uso mediano - graças ao baixo consumo de carga que o Android por aqui tem.
Bateria de 2.070 mAh
A pegada deste dispositivo é extremamente confortável, graças a traseira áspera e a pequena curvatura que ela tem. Estes dois aspectos ajudam na hora de encaixar perfeitamente nas mãos e não escorregar quando o celular está poiado, mesmo em uma superfície lisa - como o vidro de uma mesa. As laterais não contam com uma curvatura como acontece nos Lumias ou alguns Androids, mas este ponto não tira a boa pegada dos aspectos anteriores.
Pegada confortável, mesmo com laterais mais retas
Suas medidas são: 129,9 milímetros de altura, por 65,9 milímetros de largura e 11.6 milímetros de espessura. Tudo isso acompanhado de 143 gramas. O Moto G não é o smartphone mais fino e nem o mais leve, mas olhando em sua faixa de preço, é o mais confortável, fino e leve que você pode encontrar atualmente. Por fim, sua espessura não garante que um bolso de calça jeans não fique marcado, quando o smartphone está por lá.
São 11,6 milímetros de espessura
A Motorola é a empresa que mais aposta em uma versão extremamente limpa do Android, muito próxima do que o Nexus pode entregar - claro que o Google por trás disso permite que o aparelho não necessite chamar atenção dentro do sistema operacional, como faz Samsung, LG, HTC e outras. Ele é tão limpo quanto o Moto X, com alguns recursos capados do aparelhos mais parrudo, o que transforma ele em um Android extremamente leve e de baixo consumo de desempenho do processador e GPU. De fábrica encontramos cinco telas iniciais, que não podem receber ou remover alguma delas.
Tela inicial bem limpa
Puxando com um dedo na barra de notificações, há as notificações exatamente da mesma forma como o Nexus faz. Com dois dedos, atalhos para alguns recursos são exibidos. Eles não são muito inteligentes, já que tocar no ícone do Wi-Fi não controla se ele está ligado ou não, mas leva até a tela de configurações daquele recurso. O mesmo acontece com a configuração de brilho, Bluetooth, porcentagem de bateria (aqui faz sentido) e sinal de operadora. O modo avião é o único que é acionado ou não, por aqui.
Atalhos não funcionam como poderiam
De fábrica, a empresa americana traz apenas o Quickoffice completo (algo que é de responsabilidade do Google, não da Motorola), app para migração de conteúdo de um Android antigo para este novo, rádio FM, serviço de assistência chamado Moto Care e nada mais. As adições são mínimas e isso permite que o Android rode muito bem desde quando ele é ligado pela primeira vez.
Assistente de migração de conteúdo
Quando comparamos com o Moto X, algumas alterações do sistema operacional mível do Google desaparecem. Uma delas é o Active Display, que mostra notificações utilizando o mínimo possível de energia ao iluminar quase nada da tela. Esta alteração apenas faz sentido em telas AMOLED, algo que não acontece aqui. Outro recurso que foi capado é o que faz com que o Moto X ouça o usuário o tempo todo. O Google Now está presente, mas não tão completo assim.
Assistente de migração de conteúdo
Toda esta economia de recursos extras, junto com a já econômica alteração do Android por parte da Motorola e otimização do software para rodar neste smartphone, faz do Moto G o melhor smartphone de seu preço. O mais parrudo e o modelo com melhor experiência do mercado em sua faixa de preço.
Navegador Chrome
O navegador é o Chrome, que conta com as mesmas opções de recursos que o Chrome de outros Androids ou no iOS. Com ele você pode sincronizar abas, senhas, históricos e gerenciar downloads e o cache do browser. A navegação é bastante fluída e a renderização da página é bem veloz.
Por mais que o Moto G não entre no leque de aparelhos de alto desempenho, a otimização de software junto da GPU e CPU garantem uma ótima experiência até em games pesados. Testamos o mais pesado deles, que é o Asphalt 8, da Gameloft. Para nossa surpresa, rodou sem qualquer travamento e com muitos efeitos ligados - alguns desligados, algo de se esperar de alguém que não é topo de linha. Porém, qualquer Android do mesmo preço não reproduziria tão bem o game como o Moto G conseguiu.
Asphalt 8, rodando liso
O player de música é o Play Música, do próprio Google. Ele acessa o Google Music e exibe arte do álbum de qualquer MP3 que você inserir, seja ela de qual tamanho e qualidade for. Tudo será reproduzido, mas sem qualquer recurso extra, como melhoria do áudio ou alguma customização no equalizador de saída.
Player de música simples
No vídeo a situação é ruim, já que não há qualquer player. O Play Filmes apenas reproduz o que está no catálogo de compras do Google. Para filmes inseridos manualmente no aparelho, a galeria de fotos é a única opção. De qualquer forma, o aparelho foi capaz de reproduzir um clipe do filme Aviões em 1080p (Full HD) sem qualquer travamento.
Sem player de vídeo, mas reproduz arquivos em Full HD
A câmera do Moto X não era algo de se babar e o mesmo acontece com o Moto G. Ele não é superior ao seus concorrentes, mas a interface de usuário do app da câmera ajuda bastante na hora de deixar tudo minimalista - aqui está a única mudança que a Motorola fez, além da tela de boot e alguns retoques. O sensor de imagens conta com resolução de 5 megapixels que reproduzem até que bem as cores do ambiente, em boas condições de luz.
Foto com boa luminosidade
Já em condições menos favoráveis, a qualidade das imagens cai bastante - algo comum para smartphones deste valor. Pouca luz entra e muito granulado fica visível. Em vídeos, a qualidade sonora é razoável, mas a reprodução de cores é bem fiel ao ambiente que está sendo filmado em até 720p.
Foto noturna
Pontos fortes
- Android puro e limpo
- Desempenho além do esperado
- Tela de alta qualidade
- Dois chips!
Pontos fracos
- Sem espaço para microSD
- Sem player de vídeo
- Câmera poderia ser melhor
De longe, a melhor escolha para smartphone de baixo custo.
Apenas o necessário, organizado e que condiz com o valor do Moto G.
Plástico não passa uma firmeza como fazem os Lumias. Porém, está muito superior a muito Samsung topo de linha.
Android simples e sem alterações, ensina tudo que você não usou ainda.
Faltou um tocador de vídeo dedicado.
Não há escolha melhor em desempenho, boa construção e ótima atualização do Android, por um valor próximo ao dele. O Moto G é sim o melhor dual-chip do mercado.
Onde Comprar
As melhoras ofertas para o Motorola Moto G (1a Ger)