26 Março 2020
A Samsung mostra mais uma vez que sabe fazer um smartphone top de linha, sem economizar muito nos recursos e no hardware do aparelho. Porém, da mesma forma como ocorreu com o Galaxy S3, o S4 conta com muito plástico e uma sensação de que ele não vale os quase R$ 2.5 mil que é cobrado pelo smartphone. Este modelo que estamos testando é a versão com processador Qualcomm APQ8064T Snapdragon 600, com quatro núcleos a 1.9 GHz e 2 GB de memória RAM. Vai por mim, ter um Snapdragon 600 ou um Exynos 5 Octa, não faz a menor diferença no dia a dia.
Caixa que parece de madeira
A caixa lembra muito uma caixa de madeira, mas não é. Ela é quase do mesmo tamanho da caixa do S3, só que com a cor marrom da madeira que tenta ser. O papelão é duro e a tinta é, segundo diz a própria caixa, feita a base de soja. Uma forma da empresa sul-coreana dizer que se preocupa com o meio ambiente e a degradação do mesmo, com a tinta convencional.
Acessórios já de fábrica
Logo depois de aberta, a caixa apresenta o smartphone deitado em uma pequena cama, seguida dos manuais e de uma separação interna para os acessórios - tudo na cor da caixa, com uma cara de papel reciclado. Junto do celular, a Samsung traz um carregador de tomada com porta USB, cabo microUSB, fones de ouvido intra auriculares com cabo chato (perfeito para não enroscar em nada e nem ficar com nó!) e borrachas sobressalentes.
TInta é de soja e papel é reciclado
De longe, ou de perto, é fácil confundir o S3 com o S4. Eles são basicamente o mesmo aparelho. A maior diferença fica por conta de uma textura que está dentro do plástico do corpo do aparelho. Este é um grande ponto negativo: R$ 2.5 mil em um celular totalmente feito de plástico, dos finos. Na frente encontramos a tela de cinco polegadas e resolução de 1920 x 1080 pixels (pois é, a mesma que está na TV Full HD da sala), uma câmera frontal de 2 megapixels e que filma em Full HD. Além de LED de notificações - que sua luz vaza para o contorno do local, mesmo erro do Galaxy S 3 - e os sensores de proximidade e outros recursos. Por fim, temos o botão home, físico e maior que no S3, e dois botões virtuais do Android.
LED se espalha pelo fundo branco
Vários sensores e tudo mais, em cima da tela
Na lateral esquerda, em uma borda que imita metal (mas é plástica), encontramos os botões de volume, que também funcionam como zoom - de até 4 vezes - para a câmera.
Botões de volume
Do outro lado a Samsung trouxe o botão que trava, destrava, liga e desliga o smartphone.
Botão de desligar e ligar o aparelho
Em cima, está presente uma porta para conexão infra vermelho, um microfone secundário para redução de ruídos e também uma porta para fones de ouvido de 3,5 milímetros.
Porta infra vermelho e conexão para fone de ouvido
Abaixo, há o microfone utilizado em chamadas de voz e uma porta microUSB, que também serve como conexão MHL - utilizada para enviar vídeo e áudio em um cabo HDMI, para aparelhos de TV.
Entrada microUSB e MHL
Atrás, encontramos a câmera de 13 megapixels e que filma em Full HD, um flash LED e o alto-falante proncipal.
Câmera de 13 megapixels
A bateria, slot para cartões microSD (de até 64 GB) e o SIM card estão atrás da tampa da bateria, que é tão fina e com uma sensação de material frágil e barato, quanto o que vem no Galaxy S3. A carga da bateria, para suportar nove sensores ligados ao mesmo tempo e uma série de recursos, conta com 2.600mAh. É o suficiente para metade do dia de uso contínuo e com todos os sensores ligados e funcionando. Ao desligar tudo, transformar ele apenas em um smartphone tradicional, a bateria segura um dia inteiro.
Grande bateria de 2.600mAh
O aparelho é grande, bem grande, mas a sensação é que ele não é tão grande quanto os Galaxy Note - mesmo que compartilhe do tamanho de tela destes phablets. O plástico que envolve o smartphone é bastante liso e escorrega com muita facilidade, principalmente quando ele está nas mãos e você não está segurando com boa firmesa.
Pegada pouco confortável
Suas dimensões são: 136,6 milímetros de altura, por 69,8 milímetros de largura e apenas 7,9 milímetros de espessura. É bem fino, o suficiente para jamais fazer volume numa calça jeans. Vai fazer volume nas laterais, mas não para frente. O peso dele é de 130 gramas, bem pouco para um gadget com tamanho hardware.
7,9 milímetros de espessura
A Samsung colocou o Android mais recente do mercado - na época de seu lançamento, claro - que é o Jelly Bean 4.2.2. Além disso, trouxe sua antiga - e com cara de Gingerbread - interface chamada TouchWiz. Ela dá uma cara menos evoluída para o smartphone, mas faz com que qualquer usuário que já teve um Galaxy, não encontre alguma dificuldade na hora de acostumar com o sistema operacional novo.
Android 4.2.2
O processador quad-core de 1.9 GHz e 2 GB de memória RAM dá conta de todas as transições e permite rodar diversos apps abertos, sem alguma travada ocasional do Android. Porém, por problemas do próprio Android e pelo TouchWiz, é comum encontrar alguns momentos onde a interface parece não ser tão fluída assim. Infelizmente, é um problema do Android e não do hardware do Galaxy S4.
Cinco telas iniciais
Ao todo são cinco telas iniciais que poem ser recheadas de widgets. Não é possível remover e nem adicionar alguma, o que pode ser ruim para quem gosta de atalhos e de widgets povoando a tela. Uma novidade desta versão do TouchWiz é que ela separa aplicativos nativos e os que você baixou.
Downloads, no canto superior direito
Esta opção fica no menu de apps, no canto superior direito. Além disso, é possível alterar a posição dos ícones e até desinstalar alguns apps direto do menu com todos eles.
Ajustas rápidos, com dois dedos
Puxando a barra de notificações com dois dedos, é possível alterar uma série de recursos, como ligar e desligar ferramentas.
Notificações, com um só
Com um dedo só, a tela tradicional de notificações aparece, com os ícones da tela anterior listados em uma única linha superior. É só puxar ela para os lados para ver cada ícone de cada função.
Há uma série de recursos aqui, como um que controla a página com o olhar (faz o scroll dela com a posição dos olhos), outro que permite que você atenda uma ligação com gestos da mão, outra que pausa um vídeo enquanto você não olha para a tela. Além da possibilidade de ver o que há em um SMS ou em um álbum de fotos, apenas por deixar o dedo próximo da tela, sem tocar.
Tudo isso envolve um dos nove sensores e muita energia. São recursos bacanas e interessantes, mas que você pode viver muito bem sem, além de ganhar algum tempo extra de carga.
S Health, acompanhando exercícios
De fábrica, a Samsung trouxe apps como o S Health (que monitora seus exercícios físicos), Dropbox, Flipboard, S Memo (que faz anotações, como num caderno pequeno) e o S Translator, que é uma espécie de Google Tradutor, que funciona offline. Há também o S Planner, que é uma agenda de compromissos da Samsung.
S Translator, que não traduziu corretamente
Junto do Google Play, a Samsung criou uma loja própria de aplicativos. É uma forma de selecionar alguns apps do Android e entregar em um ambiente, segundo a fabricante sul-coreana, mais seguro do que a loja do Google. São basicamente os mesmos apps, em outra loja - e isso pode confundir muita gente.
Samsung Apps
Além do Samsung Apps, há o Samsung Hub. Este app cria uma espécie de interface visual recheada de fotos enormes, para os mesmos apps que estão no Samsung Apps. Além deles, há licros e filmes que podem ser comprados e alugados.
Group Play
Há também um app chamado Group Play, que exibe fotos, músicas, documentos e até jogos em um grupo de smartphones com este recurso - hoje só o S4. É bacana para tocar, por exemplo, uma canção nova que você tem, em todos os aparelhos (é possível baixar a música para todos, por exemplo), além de exibir fotos de uma viagem, em todos os smartphones da roda.
Samsung Hub
O navegador é exatamente o mesmo que está em outros smartphones da linha Galaxy. Simples e funcional, com navegação em abas e até com possibilidade de entrar em uma aba anônima. O Chrome pode ser, e é, uma melhor alternativa.
Navegador competente
Temos um quad-core de 1.9 GHz e 2 GB de RAM, sem problemas com nenhum jogo e um hardware para segurar games pesados por mais de um ano. Rodou Real Racing 3 sem engasgar e sem baixar a taxa de frames por segundo. Tudo lindo, da forma como um smartphone top de linha deve fazer.
Real Raving 3 no S4
O player de música é modificado pela Samsung e não lembra muito o que o Android coloca como padrão para a plataforma. Um recurso bacana, que não aparece em outro smartphone, é uma forma inteligente de separar músicas pelo humor que você está, ou quer ficar. Dá para escolher uma música animada e depois passar por uma mais calma. Basta passar o dedo no gráfico e montar a forma como você quer progredir no humor. Genial!
Player de música
Música escolhida pelo humor
Em vídeos, não há esta forma inteligente de ligar com os arquivos. Mas, de qualquer forma, o smartphone reproduziu todos os vídeos que testamos, em todas as resoluções, mesmo quando reproduzido em uma janela flutuante.
Playerde vídeo
Player flutuante
Por aqui encontramos um sensor de 13 megapixels, que consegue tirar fotos com alta qualidade, mesmo em ambientes com pouca luz e sem a ajuda do flash. Claro, não é nada perfeito e muito além do que aparelhos top de linha conseguem, mas é uma das poucas vezes que o Android se sai bem em fotos nestas condições de luz.
Modos de fotografia
Para fotografar há uma série de modos, como tirar uma foto utilizando ambas as câmeras (dá pra filmar assim), um modo que escolhe a melhor face das pessoas em cinco fotos tiradas em série, possibilidade de gravar áudio em fotos (exibidos apenas no aparelho, infelizmente) e, um dos meus favoritos, que é um "apagador" de algo que está na imagem e não deveria. É como se você pudesse remover uma pessoa que passava ao fundo, quando tirou foto em um ponto turístico.
Foto com boa qualidade de luz
Foto com boa qualidade de luz
O vídeo, filmado em 1080p em ambas as câmeras, segue a qualidade das fotos. Ótimo em boas condições de luz e bom em baixa luz. A captação de áudio é ótima, assim como em concorrentes do mesmo valor.
Foto no modo noturno, sem flash
Pontos fortes
- Hardware de ponta
- Tela ocupa mais espaço, sem aumentar muito o aparelho
- Recursos mil
- Botão físico maior
Pontos fracos
- Plástico de baixa qualidade em todo o aparelho
- Recursos consomem bastante enrgia
- TouchWiz parece defasado e atrasado
- LED ainda vaza pelo plástico
R$ 2,5 mil em um aparelho de plástico!
Tudo organizado e sem excesso de embalagem
Plástico parece frágil, barato e escorrega nas mãos
TouchWiz é velho, mas ensina tudo rapidamente
Roda tudo, tudo mesmo
Pelo preço, você encontra Androids de ponta e com parte exterior mais bonita e elegante. O plástico parece barato e ainda deixa os LEDs vazarem, mancada! Mas, de qualquer forma, é um incrível smartphone.
Onde Comprar
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