08 Outubro 2012
A caixa deste smartphone lembra bastante a do Xperia S no formato e até nas imagens que estão impressas, com exceção do adesivo que diz no Xperia S que ele poderá ser atualizado para o Android Ice Cream Sandiwch. O adesivo não está aqui. A caixa é bem fina e como o fundo da imagem é branco, o foco fica no aparelho. No fundo há informações sobre o aparelho, como velocidade do processador, número de núcleos, quantidade de megapixels da câmera, tecnologia da engine utilizada no display e etc.
Caixa fechada
Dentro da caixa há outra caixa, agora preta, que acomoda o smartphone no centro, o cabo microUSB no lado esquerdo, manuais e guia rápido no lado direito e para baixo ficam o carregador de tomada e o fone de ouvido. Aqui há outra diferença quando comparamos este modelo com seu irmão mais velho, o Xperia S: o carregador é apenas um adaptador de tomada com porta USB.
Acessórios
Isso permite que o carregador possa salvar a bateria de qualquer aparelho que puxe energia da porta USB, como um GPS, outro celular, uma câmera com bateria recarregável e etc.
Por aqui não há nenhum filtro polarizado para esconder os limites da tela LCD de 4 polegadas e resolução nativa de 540 x 960 pixels, o que dá aproximadamente 275 pixels por polegada. Isso significa que você consegue notar perfeitamente - com a tela desligada - onde começam e onde terminam as bordas do smartphone, além do sensor de luminosidade e da câmera frontal (de resolução VGA, ou seja, 640 x 480 pixels e muito feia) que ficam bastante visíveis em qualquer condição de luz. O único ponto escondido é o LED de notificações que fica lodo do lado esquerdo do falante frontal.
Tela de 4 polegadas
A Sony manteve a barra transparente, que neste modelo é mais simples de tocar. Basta encostar o dedo exatamente acima dos desenhos que estão dentro da faixa de plástico e a ação é executada. Ainda é complicado decorar a ordem dos botões e onde eles estão na barra, mas com o tempo dá para saber perfeitamente e até tocar sem antes olhar para a marcação, que não é física.
Barra transparente
Na parte traseira encontramos um corpo inteiriço de alumínio escovado na cor prata, muito bonito e com um viés: o Xperia P não permite a abertura do compartimento da bateria. Ainda na traseira, há o logo da antiga Sony Ericsson, a câmera de 8 megapixels - que filma em Full HD, 1080p - e o LED que funciona como flash.
Traseira feita em alumínio
Na lateral direita foram inseridos os botões de volume, desligar e ligar a tela e o smartphone, falante principal e também um botão dedicado para acionar a câmera e tirar fotos.
Botões laterais
Na outra lateral há uma porta microUSB, outra microHDMI e uma proteção para a porta do microSIM, padrão que está sendo adotado pela Sony e já é encontrado em smartphones da Motorola, Nokia e nos dois iPhones mais recentes.
Portas de entrada HDMI, USB e do microSIM
Pra cima há somente o conector para fones de ouvido, no padrão 3.5mm e para baixo encontramos apenas um microfone e dentro da capa - de plástico - que está escrito o nome da linha de aparelhos - Xperia - há as antenas e informações de certificados como a homologação da Anatel e outros.
Topo do aparelho
A versão do Android - e das modificações que a Sony fez no sistema operacional - é a mesma que está no Xperia P, ou seja, o Gingerbread 2.3.7, o mais recente build desta versão. Porém, as fontes utilizadas pela marca nipônica remetem ao Android Ice Cream Sandwich e esta homenagem vai até a quantidade de botões virtuais na barra transparente: três.
Gingerbread 2.3.7 no Xperia P
O processador deste modelo é um dual-core de 1 GHz, acompanhado de 1 GB de memória RAM, se mostrou muito eficaz e até acima da concorrência em grande parte do tempo. Porém, o Xperia S obteve mais velocidade nas transições de tela do próprio Android. Quando mandamos desligar o aparelho, por exemplo, a animação sempre aconteceu travada, bem travada.
Home do Android
No início há cinco homes, que podem ser customizadas da maneira que você bem entender. A Sony criou alguns widgets - como o de previsão do tempo e de ativar ou desativar funções - que abrem em widget maiores quando você toca. Este efeito é bacana, mas estraga a rapidez na hora de ligar o Wi-Fi, por exemplo.
Apps já instalados de fábrica
O menu de aplicativos é organizado de forma com que os apps e jogos que você baixou recentemente vão para a última tela, mas é possível organizar manualmente, por apps mais utilizados e listar os mais recentes. De fábrica, o smartphone já vem com o WhatsApp (!!!) instalado, Timescape (um agregador de redes sociais da própia Sony), pacote de apps do Google (Gmail, Google Maps, YouTube...), leitor de códigos de barra e códigos QR, leitor de arquivos do Office (o OfficeSuite) e o Google+.
Teclado do Xperia P
O teclado se mostrou bastante apertado quando digitamos com o aparelho na vertical, mas quando está deitado as teclas se encaixam perfeitamente para aqueles - como eu - com dedos gordinhos. A tecnologia WhiteMagic inseriu um subpixel branco junto dos outros três (vermelho, verde e azul), o que dá um brilho mais vivo e a engine Bravia trabalha em conjunto com este sistema extra de pixel, dando maior nitidez nas imagens apresentadas pela tela.
O player que a Sony instalou para músicas é bem bacana - é o mesmo do Xperia S. Ele reproduziu MP3 e AAC sem reclamar em qualquer momento e em qualquer taxa de bits (testei MP3 de até 320 kbps). Há também um tocador para rádio FM e - infelizmente - não há nenhum player de vídeo que não o padrão do Android, que abre dentro da galeria de fotos e vídeos tiradas com o aparelho.
Player de música
Para testar o vídeo baixei o VLC e o Dice Player. No VLC consegui apenas rodar vídeos de 480p, os HD (720p e 1080p) engasgaram bastante. Já no Dice Player, a reprodução de 720p aconteceu sem muitos problemas e o 1080p ficou realmente de fora. Ele até abre o arquivo, mas o vídeo trava e não roda. Isso não aconteceu com o Xperia S.
Dice Player rodando vídeo de 720p
Para reproduzir jogos, os mais viciantes como Angry Birds, rodou sem qualquer engasgo. Jogos mais pesados como Shadowgun e Dead Trigger também foram reproduzidos e - novamente - sem nenhuma parte mais lerda por conta do hardware utilizado.
Bateria
O smartphone segurou o uso normal, sem muita navegação na internet por 3G ou Wi-Fi, quase nenhum GPS e um joguinho de uns quatro minutos, por um dia inteiro. Num dia em que utilizei o aparelho de modo pesado - com GPS por uns 30 minutos, internet o tempo todo para checar e-mail, Twitter e Facebook via 3G e Wi-Fi e jogos constantes, combinados com algumas fotos e vídeos - o gadget não aguentou mais de seis horas seguidas. Normal para um smartphone.
As fotos deste aparelho ficam acima da média de smartphones intermediários, que é onde o preço dele se encaixa. Ela conta com 8 megapixels e recursos bacanas como foco automático, detecção de rosto e sorriso, foto 3D via panorama e o panorama convencional. As fotos 3D só podem ser apreciadas em um monitor com tal tecnologia, na tela do smartphone ela não é exibida como deveria.
Câmera do Xperia P
As fotos noturnas ficam com bastante ruído e com cores desbotadas, mas as com alta luminosidade saem sem qualquer granulado e as cores são vivas como as de uma câmera fotográfica simples.
Foto com alta luminosidade
Foto noturna
O vídeo pode ser capturado em 1080p (Full HD) em 30 quadros por segundo, com qualidade mediana e captação de áudio de alta qualidade.
Pontos fortes
- Aparelho muito bem acabado
- Boa qualidade das imagens reproduzidas na tela
- Hardware aguenta qualquer game
- Faixa transparente é "sexy"
Pontos fracos
- Câmera frontal é feia
- Não vem com player de vídeo
- Fotos noturnas de baixa qualidade
- Animações travadas, mesmo com hardware bom
Um smartphone mediano, só que com características de aparelho caro, como o corpo de alumínio. O problema é que as portas microHDMI e microUSB não estão protegidas, como estão no Xperia S. O hardware é de respeito, mas alguma coisa fez com que ele não aguentasse as transições do Android, não é tão fluído assim.
A Sony prometeu o Ice Cream Sandwich, mas para o uso do cotidiano o Gingerbread dá conta do recado. Isso significa que você só vai sentir falta do ICS quando ler alguma coisa dele chegando em outros aparelhos. A câmera segue um padrão de alta qualidade que a Sony insere em seus aparelhos, mas na hora de fotografar algo ainda encontramos muito granulado na imagem.
Falta espaço para cartão microSD, o que faz com que os 13 GB disponíveis possam sumir em pouco tempo e sem opção de aumentar a memória. No preço dele, ele é o mais parrudo de todos. Pode ser encontrado por algo próximo dos R$ 1.100 até R$ 1.399 no varejo.
Custa pouco para o que oferece. Hardware potente, roda todos os jogos e ainda é bonito
Embalagem bacana, mas poderia ser menor e gastar com menos papel (visão ecológica)
Smartphone fino, cabe no bolso sem qualquer problema
Interface da Sony é bastante intuitiva e os comandos não oferecem muito desafio para aprender
Vídeos em alta resolução engasgaram, mas o restante do aparelho funcionou bem
Smartphone bacana por um preço baixo. Se encaixa numa categoria intermediária, mas apresenta recursos acima dela.
Onde Comprar
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