21 Agosto 2017
Pouco tempo depois da Sony apresentar o phablet de enormes proporções chamado Xperia Z Ultra, foi a vez do Z1 aparecer. Ele é uma versão do irmão mais velho, com menor tamanho e mais confortável nas mãos. Por dentro encontramos um processador Snapdragon 800 rodando quatro núcleos a 2.2 GHz, 2 GB de memória RAM e 16 GB de espaço interno - que pode crescer com mais 64 GB de um cartão microSD.
Caixa padrão da empresa
A caixa é bastante simples e segue o padrão criado pela empresa em seus últimos aparelhos topo de linha. Ela é larga e não alta, com uma foto do dispositivo na frente, com o logo da Copa do Mundo de 2014 e algumas imagens de outras cores que o smartphone é vendido no mundo. Dentro encontramos manuais de instrução, carregador de tomada com porta USB, fone de ouvido e um cabo de dados com porta microUSB.
Acessórios organizados
Olhando o Z1 e o Z Ultra (você pode ler o review do Xperia Z Ultra clicando aqui), não há quase que nenhuma diferença, apenas no tamanho físico do celular, ponto final. Na frente do Z1 nós encontramos uma - ainda inferior aos concorrentes - tela TFT de 5 polegadas com resolução Full HD que não utiliza o Gorilla Glass, mas que promete resistir aos arranhões e riscos que a vida insere no vidro de qualquer smartphone. Ainda na frente, há uma câmera frontal com resolução de 2 megapixels que grava em Full HD com 30 quadros por segundo.
Tela de 5 polegadas
Assim como o Z Ultra, o Z1 é à prova d'água e isso significa que todas as portas estão protegidas do inimigo invasor de circuitos elétricos, chamado água. Do lado esquerdo há duas portas escondendo a entrada para cartões microSD (de até 64 GB) e também o conector microUSB.
Portas protegidas
Do outro, uma porte protege a entrada para microSIM, o chip da operadora, em uma simpática bandeja, botão liga/desliga, botões para volume e, por fim, um específico para a câmera.
Botão físico para câmera
Abaixo temos o alto-falante.
Alto-falante
Acima a entrada para fones de ouvido, que é a única que não conta com proteção. A Sony garante que a vedação para esta porta é interna e tudo está bem seguro por ali.
Conector para fone de ouvido
Atrás há vidro escuro, que acompanha o design do smartphone se a cor escolhida for a preta, com uma lente G (da própria Sony) e um sensor de imagens de 20 megapixels - que não significa qualidade extrema de foto, mas apenas uma foto grande - guiado por um LED que funciona como flash e lanterna nas horas vagas.
Câmera de 20 megapixels
Não há acesso à bateria, mas ela traz 3.300mAh de carga. É mais do que o suficiente para aguentar quase que um dia inteiro de uso mediano. Mais do que a média dos concorrentes.
Aparelho à prova d'água
Um ponto de vantagem para o Z1 segue o padrão de smartphones mais recentes da Sony. Ele é à prova d'água. Não, não vai rolar aquele filme de férias na praia, dentro da água. A proteção é exclusiva para água doce (da piscina, por exemplo), por 30 minutos em até um metro de profundidade. Infelizmente a tela reconhece a água como um toque e isso pode fazer com que um app seja fechado ao entrar na água - como o da câmera.
Se você entrar com o celular e ainda estiver com a câmera aberta, poderá tirar fotos ou iniciar um vídeo com o botão dedicado para a câmera, na lateral do dispositivo.
Estamos olhando para um smartphone bem fino, com partes em vidro e bordas pouco curvadas, de alumínio. A construção é impecável, mas tamanha "dureza" faz com que o gadget fique desconfortável nas mãos. Ele é grande, com um aproveitamento de tela menor do que seus concorrentes, como o LG G2 e o Galaxy S4. Enfim, suas medidas são: 144 milímetros de altura, por 74 milímetros de largura e 8,5 milímetros de espessura. Tudo isso acompanhado de 170 gramas com a bateria já carregada.
Pegada não muito confortável
Ele não é muito espesso para fazer volume no bolso, mas é alto e largo o suficiente para que não passe desapercebido quando estiver em um bolso de calça jeans, mais apertada.
Apenas 8,5 milímetros de espessura
A Sony trouxe a mesma versão customizada do Android que entrega em seus aparelhos mais recentes, que é bem mais limpa do que o padrão adotado do ano passado para trás, o que é bastante bem vindo para o desempenho geral do dispositivo. A versão do Android instalada está em jujubas 4.2.2 (Jelly Bean). Assim como outros modelos, a marca nipônica entrega cinco telas iniciais, sendo que é possível adicionar mais duas e rechear de widgets e atalhos diversos.
Cinco telas iniciais, bem limpas
Mantendo o padrão da empresa, também é possível trocar de tema - uma opção que altera as cores de quase que todo o Android, com direito para a letra e até detalhes, como os riscos do ícone de Wi-Fi. Há oito temas diferentes, com papéis de parede e cores diferentes um do outro.
Temas podem ser alterados
Uma modificação que a marca trouxe para o aparelho é o modo de economia de energia que altera várias configurações, como recebimento de dados por apps enquanto a tela está desligada, que consegue mais do que dobrar o desempenho de uma só carga. Mesmo com o modo de economia de bateria ligado, é possível selecionar alguns apps que continuarão utilizando redes de telefonia e Wi-Fi o tempo todo, como apps de conversa. Esta economia, na prática, fez com que o aparelho pudesse durar algumas horas extras na mão, em um uso pesado.
Modo STAMINA aumenta - e muito - a duração da bateria
De fábrica, a Sony já traz alguns apps extras, como é o caso do álbum de fotos (que não é o padrão do Android), leitor de códigos de barra e QR, utilitário para backup, aplicativo de notas (que faz bom uso da tela grande e da capacidade de funcionar com uma caneta qualquer), TrackID (que identifica músicas ao ouvir um trecho), Smart Connect (que auxilia no DLNA e NFC) e o OfficeSuite 7, que permite abrir e editar documentos do Word, planilhas do Excel, apresentações do PowerPoint e documentos em PDF.
OfficeSuite 7, completo
Para aproveitar melhor a tela deste phablet, a Sony traz alguns apps que podem rodar em uma janela flutuante. É exatamente a mesma coisa que você faz quando não maximiza a tela do programa que abriu no computador. Dá pra arrastar a janela e ajustar o tamanho da forma que o usuário desejar. Esta opção permite que voc6e adicione uma janela para o Chrome, temporizador, gravador de voz, app de notas, Gmail, calculadora e a agenda. A janela sempre ficará acima de qualquer app aberto em tela cheia.
Janelas flutuantes
Este grande phablet conta com TV digital instalada e com a antena funcionando no fone de ouvido - mas ela pode ser utilizada sem o fone, com uma queda na qualidade do sinal recebido. Nada de antena telescópica que mata o design do gadget. Do app de TV, é possível listar os canais disponíveis na região, gravar um programa e agendar sua gravação, além de tirar fotos do que está sendo exibido. Infelizmente a tecnologia utilizada é a 1Seg, que transmite em 320 x 240 pixels para exibição em tela de 1920 x 1080 pixels. A qualidade da imagem é bastante baixa, recheada de quadrados e com poucos detalhes.
TV Digital, de baixíssima resolução
O navegador por aqui é o Chrome, o mesmo Chrome que está em outros Androids e no iOS. Ele funciona muito bem, o que é trunfo do processador e memória RAM (Snapdragon 800 de quatro núcleos, rodando a 2.2 GHz e 2 GB de memória RAM). As páginas carregam com boa velocidade e o browser renderiza com bastante fluidez o conteúdo, mesmo quando o zoom é rápido.
Chrome
Estamos falando de um phablet com um dos melhores poderes gráficos do mercado - ele conta com uma GPU Adreno 330. Tudo roda bem nele, todos os jogos que testamos. Além disso, há uma tela grande, que ajuda na hora de entregar mais detalhes e uma experiência muito boa de games. O pesado e detalhado Asphalt 8 rodou sem um engasgo, assim como o leve e conturbado Jetpack Joyride.
Asphalt 8
O player de música é exclusivo da Sony e leva a marca que ficou famosa com os tocadores de fitas, nos anos 80 e 90: Walkman. Ele traz uma interface semelhante ao que existe no Windows Phone, com linhas finas e poucos detalhes. É bastante bonito e reproduz qualquer MP3 inserida, além de contar com um visualizador no estilo Windows Media Player - ah, neste caso nós vimos a capa do álbum reproduzida, o que não aconteceu no Z Ultra.
Belo player de músicas
O reprodutor de vídeos também é modificado pela marca nipônica, com um recurso interessante: ele busca informações sobre o vídeo na internet e exibe uma prévia do vídeo que foi exibido por último. Traz sinopse, atores envolvidos e até uma arte do vídeo, que é o pôster do filme ou da série. O aparelho foi capaz de reproduzir qualquer vídeo em até 1080p, sem engasgar. Além disso, ele recebeu um redesenho quando comparamos com a versão do ano passado. Está mais limpo e mais minimalista.
Vídeo em 1080p
A Sony instalou um sensor de imagens de 20 megapixels no Z1, mas infelizmente a marca não sabe lidar com tamanha resolução de fotos. Diferente do PureView, que interpola os pixels e entrega uma qualidade muito superior nos Lumias, a Sony apenas colocou uma resolução grande que significa uma foto grande. Ponto final. É estranho que uma marca com um conhecimento tão profundo de imagens, já que conta com uma linha de câmeras profissionais e câmeras mais simples, não lide bem neste quesito na divisão mobile.
Foto com boa luminosidade
As fotos são bacanas, mas a reprodução de cores é inferior aos seus concorrentes. As fotos noturnas são bem tiradas, com pouco granulado e bastante brilho entrando. Nas fotos noturnas a qualidade é realmente boa, mas nas com boa luminosidade o resultado é outro.
Foto noturna, sem flash ou filtros
Nos vídeos, filmados em até 1080p, a câmera segue o padrão de fotos. Com boa luz ele é meio borrado, mas com baixa luminosidade há bastante brilho entrando. O som é gravado em duas saídas, o que garante som estéreo.
Pontos fortes
- Design bastante bonito
- À prova d'água
- Bateria de longa duração
- Interface mais limpa
Pontos fracos
- Câmera de baixa qualidade para fotos diurnas
- Tela de TFT é seu calcanhar de Aquiles
- Pegada não é tão confortável
- Vidro é amante de marcas de dedo
Um ótimo smartphone, mas que continua esbarrando na baixa qualidade da tela e na falta de qualidade da câmera.
Totalmente organizada, mas poderia ser menor.
Pegada não é confortável e o aproveitamento de tela poderia ser maior.
Bem simples de entender, com dicas do que fazer em cada parte.
Rodou tudo, sem reclamar.
Se você quer um quad-core de alta velocidade no clock do processador e apenas isso, é uma boa pedida. Se quer mais qualidade em tela e câmera, olhe na concorrência, como o G2 da LG.
Onde Comprar
As melhoras ofertas para o Sony Xperia Z1