O Sony Xperia Z2 chega ao mercado brasileiro como promessa de melhorias em grande parte dos erros que o Z1, seu irmão mais velho, cometeu. A principal novidade fica por conta da belíssima tela IPS, que deixa de lado (FINALMENTE!) o TFT e exibe cores com ótima qualidade, precisão e ângulo de visão. Por dentro, temos um processador Snapdragon 801 rodando quatro núcleos a 2.3 GHz, acompanhado de 3 GB de memória RAM e 16 GB de espaço interno.

Caixa

A caixa é basicamente a mesma que tivemos no Z1. A embalagem é de papelão bastante firme, branco e com a foto smartphone na frente e algumas informações na parte traseira. Abrindo o pacote, está o celular deitado em um pequeno suporte, que quando removido revela um carregador de tomada com porta USB, cabo de dados, cabo OTG, fone de ouvido bastante simples, manuais de instrução e duas peças exclusivas do Brasil.

Acessórios inclusos

Os itens são uma antena para captura de sinal de TV digital (1seg, de baixa resolução) e a pulseira SmartBand.

Antena para TV digital

Pulseira SmartBand

Por fora, o Xperia Z2 lembra bastante seu irmão mais velho. Isso acontece por conta do design bastante semelhante, com vidro temperado na frente e atrás, junto com uma lateral com material metálico e a mesma resistência para mergulhos de até um metro por 30 minutos, junto de areia por todo lado. Na frente há uma belíssima tela IPS LCD de 5,2 polegadas, com resolução Full HD e densidade aproximada de 424 pixels por polegada. A tela IPS melhorou - MUITO - a qualidade de imagem do Xperia, que pela primeira vez abandona o TFT e adota um padrão muito superior (em precisão de cores, ângulo de visão e no contraste). Ainda na frente ficam sensores de luz e proximidade, câmera frontal de 2,2 megapixels e que filma em Full HD e uma grande sacada da Sony, que é deixar os alto-falantes na frente e mirados para o usuário - esta mudança melhora a qualidade do áudio e não abafa o som, quando o celular está em uma superfície lisa.

Tela de 5,2 polegadas IPS

Do lado direito estão conectores para dock e uma porta que protege a entrada para chip da operadora, cabo microUSB e um pequenino botão de reset (o vermelho, ao lado do chip).

Proteção para porta microUSB e SIM card

Em seu lado oposto ficam botões para câmera, liga/desliga, controle de volume, botão para câmera e outra porta para proteger a entrada microSD que suporta cartões de até 128 GB.

MicroSD de até 128 GB

Abaixo está o microfone.

Microfone na parte inferior

Acima, mais um microfone (para gravar som estéreo nos vídeos e para isolamento de ruído nas ligações) e uma entrada para fones de ouvido.

Fone de ouvido em cima

Atrás há um grande vidro, LED para flash e a câmera de 20,7 megapixels que filma em até 4K.

Câmera de 20,7 megapixels

A bateria, que não pode ser removida, fica logo abaixo da tampa traseira. Ela conta com ótimos 3.200 mAh que são capazes de fazer durar uma carga por até dois dias de uso moderado. Com economia de energia ativada, dentro do sistema operacional, esta carga pode chegar até três dias.

Se por um lado ter um corpo todo em vidro e metal, com pouco de plástico, entrega um designe extremamente bonito, por outro ele faz com que o smartphone não fique firme e confortável nas mãos. Segurar o Z2, se não for firme, pode ser perigoso e a sensação de que ele vai escorregar é grande - algo agravado pelo exagerado tamanho de tela, tradicional em phablets. Suas dimensões são de 146 milímetros de altura, por 73,3 milímetros de largura e 8,2 milímetros de espessura. Tudo isso somado aos 163 gramas de peso total.

Pegada desconfortável, como em um phablet

Num bolso mais apertado, o Z2 fará volume generoso e será visto de longe. Na mão, como qualquer phablet, é quase que impossível utilizar com uma só mão.

Apenas 0,8 cm de espessura

O Xperia Z2 conta com, basicamente, o que há de melhor para o Android no momento. Você tem um processador Qualcomm MSM8974AB Snapdragon 801 rodando quatro núcleos a 2.3 GHz, acompanhado de 3 GB de memória RAM, 16 GB de memória interna (que pode ser expandida com mais 128 GB em um microSD) e uma poderosa GPU Adreno 330. Este conjunto permite que todo o Android rode sem qualquer travamento ou engasgo - mesmo quando há muitos apps rodando ao mesmo tempo, em background. A versão escolhida do Android para rodar neste aparelho é a 4.4.2 e ele está abaixo de uma interface alterada, das mais leves do mercado - perdendo apenas para a Motorola e seu quase-puro-Android.

Área de controle dos painéis

A tela inicial conta com cinco painéis (que podem chegar até sete deles), com espaço de sobra para ícones, widgets, atalhos e todo tipo de personalização permitida no Android. Assim como outros smartphones Xperia, é possível trocar o tema com algumas das opções pré-instaladas ou baixar outras do Google Play.

Configurações secundárias, muito bem-vindas

A área de notificações recebeu uma segunda área, chamada de Configurações rápidas e que listam oito atalhos para funções como Wi-Fi e Bluetooth. Uma boa sacada por aqui é que se você segurar o ícone por mais de um segundo, é possível entrar nas configurações de cada atalho - como escolher especificamente qual Wi-Fi você quer conecar, ou qual dispositivo Bluetooth quer adicionar e ainda configurar outros aspectos da tela, que não somente o brilho. A vantagem dos ícones em área separada é que sobra mais espaço para as notificações - algo que a LG ainda não aprendeu, né? Ah, além destes oito atalhos, é possível adicionar mais nove deles, como um para NFC, modo avião e até para ligar o modo de economia de energia.

Organização de apps

O menu de aplicativos é o mesmo de outros Xperia, com a possibilidade de organizar tudo em pastas e alterar a ordem de ícones de forma manual, por ordem alfabética, por apps mais utilizados e listar apenas os baixados da internet (deixando de lado todos os pré-instalados).

Janelas flutuantes

A área de multitask esconde outro recurso que a interface alterada da Sony permite, que é abrir pequenas janelas com apps - da mesma forma como você já faz com o seu computador. Tudo fica suspenso e é possível até alterar livremente o tamanho de uma ou outra janela, como é o caso do navegador. A tela grande favorece este recurso, mas é bastante incômodo utilizar mais de duas janelas abertas ao mesmo tempo - começa a faltar espaço, algo que seria inexistente em um tablet.

OfficeSuite 7

De fábrica, temos alguns apps pré-instalados. Há o pacote tradicional do Google (como Gmail, Google Maps e outros) e mais alguns apps terceiros. A lista inclui o já famoso TrackID (que permite reconhecer uma canção ao ouvir um trecho da música), o editor de imagens Pixlr Express, navegador de arquivos File Commander, o Vine e um pequeno visualizador de documentos do Office, o OfficeSuite - que pode editar e criar os textos, planilhas e apresentações.

TV digital, de baixa resolução

Como o Xperia Z2 conta com TV digital, há um app específico para esta função e que permite gravar o conteúdo que está sendo exibido na tela e até capturar a cena. A recepção de canais é bastante positiva, mas há um enorme problema crônico da Sony em TV digital, que é não incluir o padrão de alta definição móvel que o Brasil utiliza, o FullSeg. Este aparelho, assim como todos os anteriores da mesma fabricante, utiliza o 1Seg e que trabalha apenas com 320 x 240 pixels. O resultado é que todas as transmissões serão extremamente pixelizadas, já que você estica 320 x 240 para encaixar em 1920 x 1080 pixels - o resultado é sempre horrível.

Navegador Chrome

O navegador, assim como a maioria dos smartphones mais recentes, conta com uma dupla. Temos um próprio da Sony (que é utilizado na janela flutuante) e o Google Chrome. O Chrome é o mais parrudo e com melhores recursos, já que permite tudo que o outro tem, com a adição de sincronia de senhas, abas e histórico com outros dispositivos. A renderização de páginas é bastante veloz e não notamos qualquer engasgo na navegação.

Com um conjunto de processador quad-core rodando a 2.3 GHz, 3 GB de memória RAM e uma GPU Adreno 330 (e uma interface que não rouba tanto desempenho do hardware, como faz o TouchWiz da Samsung), não há jogo ou app que não rode neste phablet. O Xperia Z2 foi capaz de rodar qualquer jogo testado, até o pesado e cheio de detalhes Asphalt 8, que foi executado sem qualquer engasgo do sistema. Ah, um ponto extra aqui é que como há dois alto-falantes virados para frente, a experiência de jogo é ainda melhor.

Asphalt 8

O tocador de músicas é o mesmo que está em outros smartphones recentes da Sony. Ele entrega uma experiência de uso bastante fluida, com toques minimalistas e até a possibilidade de utilizar a tecnologia ClearAudio+ para melhorar a reprodução da canção. Ele rodou todos os arquivos MP3 que testamos, de qualquer tamanho e ainda exibiu corretamente a capa do álbum.

Player de músicas

O player de vídeos foi eficaz na hora de reproduzir arquivos MP4 de alta definição, sem qualquer engasgo. O Netflix rodou com vídeos em FullHD e a qualidade de reprodução de cores, por conta da tela IPS e de tecnologias da Sony (Triluminos display e X-Reality Engine), é excepcional.

Player de vídeo

O sensor de imagens deste phablet conta com 20,7 megapixels de resolução, que gera imagens de até 5248 х 3936 pixels e com qualidade muito acima do que foi registrado com seu irmão mais velho, o Z1. Melhorias são notadas nos detalhes para fotos de altíssima resolução e imagens em resolução de 8 megapixels ficam ótimas. O desempenho em baixa luminosidade é bem veloz e com pouco ruído, algo raro em smartphones.

Foto com boa luminosidade

Para vídeos, temos resolução de até 4K para vídeo em 30 quadros por segundo, 1080p para 60 quadros por segundo e 720p com 120 quadros por segundo - que é utilizada, esta última, para criar vídeos em câmera lenta. O resultado é exatamente o mesmo que o das fotos, com som estéreo e zoom digital com baixa perda de qualidade (quando filmado em 4K).

Foto noturna, sem filtros

Pontos fortes

• Bateria de longa autonomia
• Tela de ótima qualidade
• Câmera com ótimas fotos - principalmente noturnas
• Hardware de ponta

Pontos fracos

• Tela com muito reflexo
• Design ligeiramente escorregadio
• Android pode demorar para ser atualizado
• TV digital de baixa resolução