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Sony Xperia Z3 Plus

Review
Custo - benefício
Embalagem e características
Comodidade
Facilidade de uso
Multimídia
Votação Geral
Introdução e unboxing

A Sony apresentou o Xperia Z3, como terceiro modelo de uma linha de produtos com ótimo acabamento, que pode mergulhar em água doce e que coloca a beleza no jogo dos smartphones topo de linha. As coisas não andaram como a marca nipônica esperava e, como medida de desespero, vimos o Xperia Z4 chegar no oriente e, com tanta falta de novidade quando olhamos para a versão anterior, por aqui ele recebeu o nome de Z3+ e é realmente isso. Um Z3 com pouquíssimas mudanças e um processador bem esquentadinho, que teima em não esfriar tão cedo - e isso é péssimo para o celular. Ele vem com um Snapdragon 810, que é justamente este esquentadinho e poderoso processador.

Veio com película para proteger o vidro
Sério mesmo, Sony?

A embalagem, assim como o restante do smartphone, lembra muito o que você já viu em versões anteriores da linha Z. Por aqui temos um quadrado baixo e com a foto do smartphone em cima, que quando aberto revela o smartphone, uma película para proteção do vidro (!!!), manual de instruções, carregador de tomada e fone de ouvido - de qualidade muito inferior ao que todos os concorrentes entregam, extremamente longe do que vemos em aparelhos como o G4, iPhones, Galaxy S6 e até o Zenfone 2.

Parte externa

Do lado de fora do Z3+ as semelhanças com o Z3 são imensas e é praticamente impossível notar qual é qual, se você tem ambos nas mãos. De verdade, o que muda é que agora a porta USB não tem mais proteção para a água e a posição dos alto-falantes está mais para as bordas. Na frente ainda temos a mesma tela IPS LCD de 5.2 polegadas,que continua com resolução Full HD, densidade aproximada de 424 pixels por polegadas quadrada, resistência maior para riscos e que protege o conteúdo do aparelho de água (ele pode mergulhar em até um metro de profundidade em água doce, por 30 minutos). Os alto-falantes foram mais para as bordas e estão mais escondidos, mas mantendo a qualidade sonora e o som em estéreo. A câmera frontal também mudou e cresceu em resolução. São 5.1 megapixels, contra 2.2 megapixels do modelo anterior - ah, agora ela conta com HDR, antes não.

As bordas ainda são de metal e há uma parte plástica nos cantos, o que ajuda na hora de absorver impactos e diminuir os danos que o vidro sofrerá. Os botões de volume, de câmera e liga/desliga continuam na lateral esquerda e, do outro lado, a porta para proteção de água esconde a entrada do SIM card e do cartão microSD, que pode ser de até 128 GB. A porta microUSB passou para baixo e agora pode mergulhar sem proteção - a Sony diz que colocou a proteção para dentro do conector e só pede que você seque o smartphone antes de colocar o cabo para recarregar a bateria.

Em cima está apenas a entrada para fones de ouvido e o microfone secundário. Atrás, em uma traseira toda de vidro, temos a lente de 20.7 megapixels de resolução e que é exatamente a mesma do modelo anterior, que continua gravando vídeos em 4K, mas que agora esquenta muito antes do modelo anterior e, nos testes que fiz, não foi possível gravar vídeo de mais de um minuto, sem que o app fosse fechado por aquecimento acima do normal - perigoso, de verdade e ao mesmo tempo bem chato.

Eu juro que tentei gravar em 4K, mas não deu

A Sony teve a ideia genial (só que não) de diminuir a capacidade de energia do smartphone, já que o objetivo aqui foi deixar tudo fino - péssima ideia, Sony! A autonomia caiu, mas ainda está levemente acima de seus concorrentes, com um dia e meio de uso moderado e até um segundo dia por completo, se você ligar o modo econômico e deixar alguns apps de lado.

Dimensões, pegada e peso

A pegada do Z3+ não é ruim, mas sofre de todos os problemas que aparelhos retos sofrem: eles não encaixam bem nas mãos. Modelos como Zenfone 2, Moto X Style e G4 conseguem ficar mais confortáveis justamente por receber certa curvatura na traseira. Por mais que não seja reto, o tamanho do smartphone nipônico não é dos maiores e isso, junto das bordas mais curvadas, ajuda na hora de segurar. Suas dimensões são de 14,6 centímetros de altura, por 7,2 centímetros de largura e 0,69 centímetro de espessura (0,04 cm mais fino do que o Z3). Ficou tão fino que a bateria sofreu e está menor - mais uma vez: péssima ideia, Sony!

Desempenho do Android

A Sony não é uma das empresas que mais toca no que já está dando certo, o que entrega uma sensação de que este é o smartphone que você já viu no ano passado e no anterior. Muito provavelmente em um ano ainda mais para o passado. Temos duas faces nesta moeda, sendo a primeira do acerto ao manter o que funciona e continuar neste passo, junto da que erra. Este outro lado mostra que a marca nipônica pouco inova e aparenta pouca vontade na hora de ousar. Eu prefiro pensar em um mix de ambas as formas de pensar e que dá certo, quase.


De fábrica temos o Android 5.0.2 em toda sua falta de texturas, que vem lá do Material Design, mas que ganhou alguns toques mais opacos e que criam uma sensação de nebulosidade, principalmente no fundo - graças ao papel de parede que brinca com tons da mesma cor. Ficou bonito. Tudo segue basicamente o que você já viu nos Xperias mais recentes (mesmo em modelos que não são tão caros). Alguns pontos ainda são confusos, como o What's New recheado de informações e dicas, junto do lembrete que o Lifelog existe e que pode te ajudar no cotidiano. Quem foge da regra da falta de textura e criou uma bolha, de verdade, é o app da PSN - ela é assim por conta das bolhas que são os ícones, dentro da interface do PS Vita, mas descaracterizou o Android mais limpo.

Este exagero de cores que temos nos ícones (um é vermelho forte, o outro vai para o amarelo, enquanto outro fica no azul e mais um vai para o cinza) pode parecer pura poluição visual, mas encaixa bem em um cenário mais lúdico e que ajuda bastante na hora de ensinar que o ícone do lado pode ter uma função totalmente diferente do que você acabou de tocar. Esta sopa de cores vai até para os apps, como é o caso do Lifelog e as cores distintas para cada tipo de medida que o app faz, a partir de seus exercícios.

A lista de apps pré-instalados ainda é grande e principalmente danosa para a memória interna, já que eles ocupam espaço dentro do que há no smartphone, mesmo quando são "desinstalados". Por aqui temos 72 apps pré-instalados, sendo 18 do Google, 14 de parceiros (jogos e apps) e o restante em uma mistura de apps da própria Sony, outros que ela troca com os nativos do sistema e algumas redes sociais. Isso significa que, dos 32 GB de memória interna, quase 10 GB estão ocupados com o Android e toda porcaria que você pode imaginar, como anti-vírus, publicidade da Sony (mais de uma), gerenciador para auxiliar na conexão via Bluetooth (o Android faz isso sozinho, Sony), OfficeSuite (que exige pagamento, para fazer o mesmo que concorrentes gratuitos do Google fazem) e uma grande quantidade de joguinhos da Gameloft. O cúmulo chega ao oferecer um GPS guiado por voz e que funciona por um mês, num mundo onde temos o Google Maps (ele está dentro deste smartphone!), Waze e Here, se você quiser mapas offline. Tudo de graça.

Ok, e o desempenho?

Para rodar tudo isso, temos uma polêmica por aqui e que é maior do que mamilos. O Snapdragon 810, esquentadinho e que gosta de mostrar que está logo abaixo do capô. O Snapdragon 810 deste rapaz roda oito núcleos, sendo quatro em 1.5 GHz e outros quatro em 2 GHz, 3 GB de memória RAM e uma GPU Adreno 430. Tudo isso é potente e conta com combustível de sobra, ao ponto de esquentar demais quando você faz um minuto - você leu certo, UM MINUTO - de vídeo em 4K. Fez isso e a câmera desliga por superaquecimento.

Este aquecimento deveria acontecer apenas em momentos onde o smartphone tem seu hardware exigido, não é? Não! Mesmo com apps banais e que não consomem tanto de qualquer outro Android, fazem o Xperia Z3+ ferver e isso não é uma figura de linguagem. Ele esquenta demais no topo do aparelho, bem abaixo de seus dedos e chega ao ponto de ser desconfortável segurar.

Por fim, temos o último problema (como se impedir uma gravação de vídeo no primeiro minuto e incomodar os dedos, não fosse o bastante) que é o desempenho ao esquentar. O natural de um smartphone é de desacelerar o processador e fazer tudo voltar ao normal, da temperatura tradicional. No Xperia Z3+ isso acontece, mas de forma extremamente lenta e leva muito mais tempo para resfriar, do que qualquer concorrente com outro processador - até mesmo que concorrentes com o Snapdragon 808, bem próximo em desempenho. Ter o processador jogando o processamento para o mínimo possível para não fritar os componentes faz o Z3+ ficar lento, perder a magia de um topo de linha e seu hardware poderoso.

Seria o mesmo que, em um exemplo bem exagerado, você estivesse com uma Ferrari poderosa e o carro te obrigasse a andar bem lento, para esfriar o motor. Você até acelera, faz barulho e corre por um tempo, mas logo o motor esquenta demais e te obriga a dar uma pausa. Não, isso não é legal nem na Ferrari e muito menos no Z3+.


Ainda não acredita que esquentar o aparelho causa problemas no desempenho? Olhe só estas duas telas do AnTuTu. Uma delas, a das esquerda, foi de um teste que fiz com o smartphone logo após reiniciar e com o corpo frio. A da direita foi feita depois de fechar o Asphalt 8, que joguei por 5 minutos. São quase 10 mil pontos de diferença entre aplicar o teste no smartphone frio, do que nele quente.

Jogos e multimídia

Com um conjunto de processador octa-core, 3 GB de memória RAM e uma GPU Adreno 430 (e uma interface que não rouba tanto desempenho do hardware, como faz o TouchWiz da Samsung), não há jogo ou app que não rode neste smartphone. O Xperia Z3+ foi capaz de rodar qualquer jogo testado, até os pesados e cheios de detalhes Asphalt 8 e Real Racing 3, que foram executados sem qualquer engasgo do sistema. Ah, um ponto extra aqui é que como há dois alto-falantes virados para frente, a experiência de jogo é ainda melhor.

Asphalt 8 ficou assim
E o Real Racing 3, assim

O comentário acima, sobre o aquecimento do processador, também mostra que existe por aqui. Qualquer smartphone vai aquecer quando há jogo rodando, ainda mais título pesado. O problema é que como o tempo de resfriamento é maior por aqui, o desempenho do jogo também sofre e começa a apresentar engasgos, quando você já está alguns minutos na jogatina. Além disso, a traseira o dispositivo fica quente (quente de verdade) ao ponto de incomodar os dedos. Não vai queimar, longe disso, mas passa do aceitável.

O tocador de músicas é o mesmo que está em outros smartphones recentes da Sony, mas agora ele tem o nome de "Música" e não mais "Walkman". Ele entrega uma experiência de uso bastante fluida, com toques minimalistas e até a possibilidade de utilizar a tecnologia ClearAudio+ para melhorar a reprodução da canção. Ele rodou todos os arquivos MP3 que testamos, de qualquer tamanho e ainda exibiu corretamente a capa do álbum. Além de MP3, o Xepria Z3+ roda eAAC+, WAV e Flac sem qualquer necessidade de programa extra ou codec instalado por fora.

Câmera

O sensor de imagens deste aparelho conta com 20,7 megapixels de resolução, que gera imagens de até 5248 х 3936 pixels e com qualidade muito semelhante do que foi registrado com seu irmão mais velho, o Z3 e pouco acima de seu irmão não tão velho assim, o Xperia Z2. Melhorias são notadas nos detalhes para fotos de altíssima resolução e imagens em resolução de 8 megapixels ficam ótimas. O desempenho em baixa luminosidade é bem bacana e com pouco ruído, algo raro em smartphones. Porém, para amenizar a granulação que a imagem apresentaria, o smartphone remove boa parte das texturas e deixa tudo com cara de uma pintura. Resolve, mas criar distorções com o que é de verdade, na foto.

Pontos fortes e pontos fracos

Pontos fortes

  • O aparelho continua bem bonito
  • É à prova d'água
  • Alto-falante ficou ainda melhor do que no Z3
  • Muito poder de fogo

Pontos fracos

  • É um Xperia Z3.1, só que piorado
  • Ainda bem que é à prova d'água, já que esquenta demais e dá pra esfriar na torneira
  • Bateria de menor capacidade sempre será ponto negativo. Sempre
  • Câmera traseira é boa em fotos diurnas, mas bem meia boca nas noturnas
Avaliação final do Tudocelular
Custo - benefício

Se você realmente quer um smartphone muito bom da Sony, bonito e que pode dar mergulhos, recomendamos fortemente o Z3 ou Z3 Compact. É mais barato, tem desempenho superior (quando esquenta, já que neste ponto o Z3+ fica mais lento), não esquenta tanto e a bateria é maior.

Embalagem e características

Continua impecável, mas o fone de ouvido poderia ser bem melhor. Perde feio para Samsung, Apple, Asus e LG.

Comodidade

Aparelho não é tão confortável, já que usa e abusa de ângulos mais retos. Outro ponto que contribui para o desconforto é o aquecimento.

Facilidade de uso

Muito do Android vem com dicas de uso, muito bom.

Multimídia

Vai rodar tudo que você quiser, mas o aquecimento começa a cair com o desempenho em poucos minutos. Impossível gravar mais de 1 minuto em 4K.

Votação Geral

Se você é amante da Sony, olhe para o Z3. Vai economizar dinheiro (bastante) e não vai esquentar tanto a cabeça. Com problemas de aquecimento e câmera abaixo de sua concorrência, fica complicado propor a compra do Z3+.

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