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5G no Brasil: quais são os vencedores e o que é necessário para implantação? | Detetive TC

04 de novembro de 2021 6

Nesta quinta-feira (4), a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) realizou o tão aguardado leilão das frequências dedicadas ao 5G. Como já abordado em uma coluna anterior, houve um processo não arrecadatório, ou seja, os valores apresentados terão uma boa parcela revertida para investimentos no setor.

Mas quais foram os vencedores e as surpresas desta venda de faixas? O que é necessário agora para a regulação da rede móvel de quinta geração no país? O Detetive TC detalha a você a seguir.

Quais foram as vencedoras?

700 MHz

Ao todo, foram 15 empresas que disputaram o leilão feito pela Anatel, com diferentes lotes vendidos. O lote A1 consistiu em um bloco restante não usado da faixa do 700 MHz. Por ser um espectro também usado para 4G, as operadoras Claro, TIM e Vivo não puderam participar neste bloco.

Neste caso, foram três empresas participantes, com vitória para a Winity II Telecom, por uma quantia de R$ 1,427 bilhão, que a torna uma nova operadora nacional a prestar os serviços de telecomunicações no Brasil.

3,5 GHz – nacional

Na frequência dos 3,5 GHz, a primeira parte contou com quatro blocos de 80 MHz cada, voltado a provedoras nacionais. Claro, Vivo e TIM levaram os lotes B1, B2 e B3, respectivamente, por valores que variaram de R$ 338 milhões a R$ 420 milhões.

Já o lote B4 – o qual possibilitaria a entrada de uma quarta operadora com 5G nessa frequência no Brasil – não teve proposta apresentada e terminou o leilão sem qualquer vencedora.

As três companhias ainda levaram os lotes D33 (Claro), D34 e D35, que acrescentam mais 20 MHz a cada faixa por cerca de R$ 80,3 milhões adicionais, para completarem um total de 100 MHz na frequência de 3,5 GHz.

3,5 GHz – regional

A Anatel ainda leiloou blocos de 80 MHz para operadoras regionais, que ficam obrigadas a fornecer internet móvel a cidades locais com menos de 30 mil habitantes, além de fazer backhaul de fibra óptica.

Os lotes foram divididos em blocos conforme a região atendida: C1 (Norte), C2 (Norte e SP), C3 (vinculado ao C1), C4 (Nordeste), C5 (Centro-Oeste), C6 (Sul) e C7 (Sudeste, menos SP). No C1 e no C3, não houve proposta e, por isso, não foi declarado qualquer vencedor.

Para o bloco correspondente à região Norte e SP (C2), a Sercomtel levou ao entregar a contraproposta de R$ 82 milhões, após uma disputa com a NK 108 Empreendimentos. Já os destinados ao Nordeste e ao Centro-Oeste, a Brisanet saiu vencedora e desembolsará R$ 1,25 bilhão ao lote C4 e R$ 105 milhões ao C5.

O C6, da região Sul, foi um dos mais disputados, com coberturas seguidas de propostas entre Consórcio 5G Sul e Mega Net. A primeira empresa – formada por Copel Telecom e Unifique – saiu vencedora e investirá R$ 73,6 milhões no total.

Já no lote C7, destinado aos estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo, foi vencido pela Cloud2U, por R$ 405,1 milhões, e se torna uma nova provedora de telecom no país. No C8 – o qual compreende o sul de Minas, parte do Mato Grosso e de São Paulo –, a Algar Telecom se tornou a nova dona, com o valor vencedor de R$ 2,35 milhões.

2,3 GHz – cidades não atendidas pelo 4G

A Anatel ainda leiloou, de maneira regional, blocos de 50 MHz do espectro de 2,3 GHz – atualmente presente no 4G – para cidades as quais não são atendidas neste momento com a rede LTE.

A Claro se destacou aqui por vencer disputas com a Vivo nos lotes E3 (SP), E5 (Centro-Oeste) e E6 (Sul), nas quais precisará prover as quantias de R$ 750 milhões, R$ 151 milhões e R$ 210 milhões, respectivamente. A organização pertencente à América Móvil ainda desembolsará R$ 72 milhões pela região Norte (E1) e R$ 32 milhões pelo lote E8 (Triângulo Mineiro, partes de MT e de SP).

A Brisanet levou no Nordeste (E4) mais uma vez e fornecerá R$ 111 em pagamentos e investimentos para o serviço na região. A Vivo, por sua vez, ficou com o Sudeste, exceto SP (E7), por R$ 176,4 milhões.

Já nos lotes F, foram vendidos blocos de 40 MHz no mesmo espectro dos 2,3 GHz. A Vivo arrematou as faixas do Norte (F1) e de São Paulo (F4), por R$ 20 milhões e R$ 231 milhões, respectivamente. A TIM ficou com o Sul (F6), pelo valor de R$ 94,5 milhões, e o Sudeste exceto SP (F7), por uma quantia de R$ 450 milhões. Para completar, a Algar Telecom disponibilizará R$ 57 milhões pelo lote F8, relativo à sua área de atuação.

26 GHz – ondas milimétricas

A sessão foi suspensa na noite de quinta-feira (4), com convocação para o reinício dos trabalhos a partir de sexta-feira (5), às 9h, para a abertura das propostas do lotes voltados à faixa de 26 GHz – as chamadas ondas milimétricas.

Atualização (05/11/2021)

Em âmbito nacional – lotes G –, a Claro e a Vivo fecharam a compra de 400 MHz e 600 MHz totais, respectivamente, por 20 anos. A primeira investirá um total de R$ 105,6 milhões, enquanto a segunda desembolsará R$ 158,4 milhões.

A TIM seguiu uma linha diferente e preferiu apostar primeiro nas redes regionais – lotes H –, as quais levou as regiões Sul, Sudeste – exceto SP – e São Paulo com 400 MHz. Somente na segunda rodada – quando as licenças valem por 10 anos –, que esta última operadora resolveu comprar um bloco nacional, mas ficou apenas com 200 MHz.

Voltando aos regionais, a Algar levou cinco dos seis lotes para a sua área de atuação – composta por 87 cidades de Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Goiás –, com um total de 1 GHz nos 26 GHz.

Nessa mesma região, a Fly Link – prestadora do Triângulo Mineiro – ficou com um lote de 200 MHz. Já a Neko – companhia pertencente aos mesmos sócios da Surf Telecom – levou um dos blocos de São Paulo.

Surpresas do leilão

Winity II Telecom


Afinal, o que é a desconhecida Winity II Telecom? A nova operadora nacional consiste em uma provedora de infraestrutura de telecomunicações ligada ao fundo Pátria. Esta empresa era a controladora da Highline Brasil, mas vendeu em 2019 para a Digital Colony.

A Winity, portanto, foi fundada no final de 2020 para focar em ativos de rede celular, sistemas de cobertura indoor e novas tecnologias de conectividade móvel, com a pretensão de investir uma cifra superior a R$ 3 bilhões nos próximos anos. Quase metade dessa quantia já veio diretamente no leilão do 5G.

O TudoCelular consultou a situação jurídica desta empresa e constatou algumas curiosidades. A primeira é a presença de um capital social de apenas R$ 500 – pouco, se pensar se referir a uma empresa que desembolsará quase R$ 1,5 bilhão.

Mais um ponto notado está no quadro societário, composto pela Winity S.A. uma empresa que não possui sócios diretos da Pátria Investimentos.

Brisanet


Outra surpresa no leilão do 5G foi a Brisanet, que levou os blocos regionais correspondentes ao Nordeste e ao Centro-Oeste. No primeiro caso, por uma quantia bilionária e expressivamente maior que a segunda colocada. Ainda terá uma parcela dos 2,3 GHz para levar a rede aos municípios nordestinos que não são atendidos pelo 4G até o momento.

A empresa cearense já possui atuação no mercado, com um atendimento a mais de 200 munícipios do Nordeste no momento. Ela oferece serviços de internet por fibra óptica, TV por assinatura, telefonia fixa e móvel, além de streaming de música.

Agora, terá a oportunidade de expandir seus serviços com o 5G para além dos estados nordestinos, com o fornecimento também ao Centro-Oeste.

Cloud2U


Companhia vencedora do lote C7, que inclui os estados do Sudeste, exceto SP, a Cloud2U se trata de uma organização ligada à Greatek, uma fabricante de equipamentos de rede de São José dos Campos.

Contudo, seu cadastro de CNPJ está vinculado ao município de Extrema, em Minas Gerais e conta com um capital social de R$ 100 mil – vale lembrar que a operadora aplicará R$ 405,1 milhões para a rede móvel de quinta geração.

Ela conta atualmente com operações na área de eletrônica, óptica e telecomunicações. Além disso, entrega produtos voltados à recepção de TV, internet e infraestrutura de rede.

Mega Net

Apesar de não ter conseguido uma fatia do leilão, a Mega Net se destacou por participar com propostas válidas em todos os lotes regionais, com uma disputa maior com o Consórcio 5G Sul pela região Sul.

Ela se trata de uma iniciativa formada por um número superior a 400 provedores de pequeno e médio porte, com atuação regional na área de internet por fibra óptica. No total, a cobertura de todas essas empresas ultrapassa 2 mil cidades brasileiras.

Mudanças nas leis municipais

Como o TudoCelular já divulgou nesta semana, apenas sete das 27 capitais brasileiras já estão preparadas para receber a tecnologia 5G, conforme os dados da Conexis Brasil Digital. A referência para isso tem relação com a lei municipal de antenas de cada capital e o grau de aderência aos dispositivos da legislação federal a respeito do assunto – Lei Legal de Antenas (LGA), de 2015.

A primeira capital a regularizar o assunto foi o Rio de Janeiro, no final de outubro, por meio da Lei Complementar nº 234/2021. Essas legislações necessárias permitem a instalação e o compartilhamento da infraestrutura da rede de quinta geração.

“Quanto mais adaptada a lei municipal à LGA e quanto mais célere o processo de avaliação dos pedidos de licença, mais rápido o 5G vai estar disponível para o município e para o consumidor.”


Marcos Ferrari


Presidente do Conexis Brasil Digital

Cautela de investimentos

Em tecnologia, um programa que se torna necessário – ou “matador” – dentro de um segmento costuma ser chamado de killer-app. Com o 5G, não será diferente, dada a amplitude de aplicações possíveis e evoluídas a partir da utilização da rede.

De acordo com o diretor de Telecom da Oliver Wyman, Vinicius Castelo, um dos principais desafios dos investimentos e da implantação do 5G consiste na cautela das operadoras para a instalação de antenas, visto que esse uso que dará mais lucros ainda não apareceu no mercado.

“O cenário será de cautela entre as empresas participantes, pois se lançar uma proposta elevada, fica o desafio de monetizar. E ainda está aberto qual será o killer-app do 5G. Estamos falando de mais capacidade e mais banda, mas não tem killer-app. Como está muito aberto e teremos quatro a cinco vezes mais antenas, mais investimento de energia, nós poderemos ver operadoras mais cautelosas.”


Vinicius Castelo

Diretor de Telecom da Oliver Wyman

Portanto, a tendência é que – de início – haja um cuidado por parte das provedoras para maiores instalações, enquanto o 5G não se encaminha no mercado.

Importância dos data centers

A chegada do 5G ao Brasil demandará uma criação maior de dados, uma vez que a tecnologia irá viabilizar recursos como Internet das Coisas (IoT), realidade virtual e aumentada, e o Big Data, além de permitir uma quantidade ainda maior de usuários conectados.

Como consequência, o setor de data centers precisará se preparar para dar conta de toda a capacidade necessária para atender aos requisitos. A quinta geração de internet móvel demandará requisitos aprimorados de hardware, energia, refrigeração, espaço e links de alta velocidade e baixa latência.

De acordo com o CEO da ODATA, Ricardo Alário, as empresas de setores variados, bem como as de telecomunicações, terão de contar com estruturas como as de data centers para a hospedagem dos seus sistemas e redes.

“Com a chegada da nova geração de conectividade, acontecerá um aumento massivo de dados que precisará ser processado de forma eficiente. Os data centers serão pontos centrais da estrutura e devem estar bem preparados para uma grande procura. Além disso, a alta disponibilidade de energia, capacidade e flexibilidade são algumas das características necessárias para esse novo momento.”


Ricardo Alário

CEO da ODATA

Leilão é só um dos passos

Como é possível constatar ao longo desta coluna, o leilão do 5G realizado pela Anatel consiste em apenas uma das etapas para a implantação da nova tecnologia de rede no território brasileiro.

Estabelecer a quinta geração da internet móvel no país passa não só por vender as frequências, mas também por mudanças na legislação das antenas, investimentos em infraestrutura a longo prazo e reforço de data centers para aguentar a capacidade e as demandas que virão.

Tudo isso requer um tempo e não tornará viável o 5G assim que as operadoras já estiverem com os direitos das frequências leiloadas. Portanto, a tendência é que apenas em 2022 tenhamos o pleno uso da tecnologia no Brasil.

O que você achou das vencedoras do leilão do 5G promovido pela Anatel? Quais são as suas expectativas para as etapas de implantação da rede no país? Participe conosco!


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Comentários

5G no Brasil: quais são os vencedores e o que é necessário para implantação? | Detetive TC
  • Ano que vem compro meu celular 5G

      • Se você não morar no centro, acaba não compensando, mesmo que seja na capital. Pensando estrategicamente, as operadoras focarão nos grandes centros comerciais e turísticos a primeiro momento, pois lá é onde fica localizado as pessoas com maior poder aquisitivo. Isso fará com que tenha uma grande competitividade nessas regiões. Só depois desses centros serem atendidos é que elas expandirão para a periferia. Essa seria uma visão mais realista.

        Acredito que na situação atual, os aparelhos compatíveis com 5G ainda estão muito caros para a realidade de muitas pessoas, e atrelado com a perspectiva de chegada nas periferias, o usuário só poderia usufruir dela quando estiver nos centros.

        • Em palmas Tocantins só ano que vem.
          Será que tenho que comprar um chip novo?
          Ele tem mais de 5 anos.
          O celular eu sei que é compatível com 5G

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