18 Maio 2015
Drones parecem ser uma das tendências mais fortes do mercado de tecnologia nos últimos anos, se tornando cada vez mais populares com o público. Se originalmente eles eram usados apenas para fazer filmes diferentes, ou para o entretenimento em geral, cada vez mais estamos vendo novas aplicações dessa tecnologia, seja do ponto de vista legal ou ilegal. Essa semana, uma prisão em Bishopville, nos Estados Unidos encontrou um drone caído em seu pátio. O aparelho transportava cigarro, maconha e um celular.
“Era um sistema de entregas”, alega um dos funcionários da prisão. Aparentemente, o sistema não é uma novidade, sendo o quarto caso relatado nos Estados Unidos, com outros casos ao redor do mundo (Inglaterra, Irlanda, Austrália e Canadá). A polícia chegou a investigar os arredores, mas não encontrou quem poderia estar voando com o drone no momento.
É importante lembrar que estes números correspondem somente as tentativas mal sucedidas no uso do Drone, quando estes pequenos helicópteros deram algum tipo de defeito. Na maioria dos casos eles alcançam os seus objetivos e podem fazer das cadeias, um local bem menos seguro para os oficiais que lá trabalham.
As autoridades não tem certeza do que fazer a respeito do problema, já que a legislação não parece ajudar muito nesses casos. Recentemente, até mesmo a Casa Branca teve um drone invadindo o seu perímetro. Como é certamente impossível construir redes em cima de todos os locais sensíveis para evitar essa prática, os especialistas em segurança começaram a pensar em outras medidas mais eficientes.
A melhor solução por enquanto é o “geofencing”, isto é, criar áreas proibidas de voo que já estão predeterminadas na criação do Drone pelo fabricante. O que pode não ser 100% eficiente, na medida em que nem todos desses aparelhos se comunicam com a internet ou com redes de GPS. Apesar disso, esta ainda parece ser a melhor opção, além de leis mais severas para quem sobrevoar áreas estratégicas com um aparelho desses.
Uma das empresas responsáveis pela fabricação de Drones, DJI, alegou que seus modelos mais recentes se tornam inoperantes quando se aproximam de regiões específicas, como alguns quilômetros da Casa Branca. Outras áreas sensíveis são fronteiras entre países e instituições de inteligência.
Apesar disso, deve ser muito difícil para que estas empresas programem restrições de fábricas para todas as prisões do mundo, e sem descontar que nem todas estas estão em locais que o sinal de satélite é alcançável.
Uma organização batizada de “NoFly Zone” foi criada no intuito de que pessoas pudessem se inscrever e colocar seus endereços nas restrições de voo dos drones. Por enquanto, ela é formada apenas por pessoas preocupadas com sua própria privacidade e não possui um apoio institucional concreto que a levaria para de fato restringir estas regiões.
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