01 Agosto 2014
Em outubro de 2008, acontecia um fato que iria contribuir, e muito, para a futura popularização dos smartphones: chegava ao mercado o Android. Pelas mãos da HTC e da Google, era lançado o HTC T-Mobile G1 (ou HTC Dream). Ainda naquela época, o iPhone já tinha uma certa popularidade, a Nokia reinava absoluto e poucos poderiam imaginar que o sistema operacional móvel da Google se tornaria o maior sucesso do segmento. Inclusive, a própria Nokia e a Microsoft duvidaram que o robozinho verde fosse chegar muito longe.
Mais especificamente, as declarações da Nokia e da Microsoft ocorreram antes mesmo do lançamento do Android. Foi quando a Google anunciou, ainda em 2007, o início da Open Handset Alliance, uma aliança entre a empresa e outras fabricantes para o desenvolvimento da futura plataforma Android.
Na época, a Nokia era líder indiscutível com seus smartphones Symbian. E, de acordo com a Reuters, a finlandesa afirmava não ver o Android como uma ameaça ao seu império. Hoje, sabemos que esse foi um erro crucial, que colocou a empresa numa posição crítica, ao ponto de ter sua divisão para dispositivos móveis vendida para a Microsoft em 2013/2014.
E falando na Microsoft, esta, na época, declarou que a Google e suas parceiras estavam apenas fazendo o que a empresa de Redmond já fazia há anos: vender celulares que conectam à internet. Logo, a companhia que foi comandada por Steve Ballmer afirmou não conseguir enxergar qual seria o impacto do Android no mercado.
Está claro que a Microsoft não sabia que o Android faria muito mais do que conectar à internet. Também, a Nokia não conseguiu antever o que suas principais concorrentes estavam prestes a fazer. No entanto, como culpa-las? Na conjuntura atual, dificilmente uma empresa como a Apple ou a Samsung iriam temer os futuros Firefox OS ou o Sailfish OS. Não há como ter absoluta certeza de como se comportará o mercado, contudo deve-se ter visão e agilidade para adaptar-se às demandas.
Atualmente constando como a mesma empresa, a Microsoft e a divisão de dispositivos móveis da Nokia possuem uma fatia de 3.5 a 4% da venda de smartphones a nível mundial. Com as atualizações constante de seus sistema operacional móvel, o Windows Phone 8, a empresa parece estar bem empenhada para correr atrás do prejuízo. Uma atitude no mínimo razoável, pois, como vimos, ninguém sabe ao certo como vai se comportar o mercado amanhã; e nada impede que o Windows Phone possa se tornar tão popular quanto os outros sistemas móveis. Apenas a inércia pode ser um empecilho. E, como sabermos, quem não se move, o mercado não perdoa.
Comentários