01 Julho 2019
O ano passado foi marcado por ataques hackers às grandes empresas como a Microsoft e sua Xbox Live, a Apple e o seu iCloud, e a Sony o seu estúdio de cinema. Esta última ofensiva, no entanto, já tinha sido detectada previamente pela Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos (NSA, da sigla em inglês). Logo, os norte-americanos já sabiam, com muita antecedência, que o setor de filmes da japonesa estava prestes a sofrer um dos maiores ataques virtuais registrados em 2014.
O famoso jornal The New York Times conseguiu documentos secretos da NSA referentes a uma investigação que já acontecia há alguns anos. No ano de 2010, inclusive a Agência de Segurança detectou os primeiros sinais de que computadores da Coreia do Norte estavam usando conexões à internet da China para invadir sistemas nos Estados Unidos.
Dessa forma, a Agência iniciou um programa de segurança para construir um malware capaz invadir e rastrear as conexões, computadores e atividades usados pelos hackers norte-coreanos. A NSA, portanto, estava usando esse software para vigiar o que os hackers da Coreia do Norte estavam aprontando. Por esse motivo que o governo norte-americano foi tão rápido em acusar que o governo de Kim Jong-un estava por trás dos ataques ao estúdio de cinema da Sony; já havia uma informação prévia.
Logo, a conclusão não foi apenas por um palpite óbvio, não apenas por que o filme A Entrevista dos estúdios de cinema Sony Pictures parodiava o ditador norte-coreano. O governo dos EUA já sabia de antemão o que os hackers da Coreia do Norte estavam prestes a fazer. É estranho, porém, o motivo para a NSA não ter avisado ao estúdio que o ataque era iminente. Essa razão, contudo, é algo apenas de domínio dos governantes dos USA; em um jogo político o qual a grande população dificilmente vai ter acesso.
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