Na última semana o Spotify completou exatamente um ano que chegou ao Brasil, país que está cada vez mais diminuindo o número de download piratas e ganhando mais consumidores de produtos originais. Entre o crescimento no mercado de serviços e produtos originais, o setor de streaming é o que está mais crescendo nos últimos tempos, o Netflix é uma prova que esse mercado realmente funciona. Felizmente os serviços de transmissão de música também estão conquistando novos usuários em terras tupiniquins.

Em entrevista realizada ao Olhar Digital, o diretor-geral do Spotify na América Latina, Gustavo Diament, afirmou que aprecia a concorrência “legal” nesse mercado e que o inimigo real é a pirataria, que infelizmente a empresa também precisa competir.

"É mentira que brasileiro gosta de roubar conteúdo. Se as pessoas usavam plataformas ilegais, muitas não sabiam que era ilegal, e mesmo quem sabia achava que o modelo vigente não valia a pena", afirmou o executivo.

Não foi realizado nenhum estudo no Brasil para comprovar que a chegada dos serviços de streaming de música, como o Spotify, diminuiu o número de consumidores piratas no país. Apesar disso, Diament afirma que é possível realizar uma conexão entre os dois, já que 79% dos usuários brasileiros têm entre 18 e 35 anos, e são pessoas que cresceram praticamente sem pagar pela música que escutavam.

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Segundo uma pesquisa revelada há pouco, em apenas um ano o Brasil cresceu 500% no mercado de streaming, as companhias do setor tiveram 53% de aumento em seus faturamentos. Durante esse período os usuários do Spotify, sem contar pessoas que utilizam outros serviços de transmissão de música, ouviram 200 milhões de músicas. É justamente por números como esse que Diament acredita no mercado brasileiro.

É claro que, a maior parte dos consumidores do serviço no Brasil utilizam a versão gratuita, apenas 25% dos clientes ao redor do mundo pagam pela versão Premium. De qualer forma, isso é uma ótima vantagem ao Spotify, já que os outros serviços acabam perdendo por oferecerem apenas versões pagas. O executivo revelou que cerca de 80% dos usuários que pagam já utilizaram a versão gratuita, e que a melhor forma de tirar os consumidores da pirataria é oferecer algo grátis.