25 Agosto 2015
Quando uma fabricante aumenta a resolução de tela de uma geração para outra, sempre começam as reclamações por parte dos consumidores que temem um maior aumento no consumo de bateria, além de redução de desempenho, especialmente em jogos, devido ao “peso” extra que a GPU terá que lidar. A segunda pode até ser verdade. Mas saiba que o aumento na quantidade de pixels não resulta em maior consumo de energia, necessariamente.
Como isso é possível? A tecnologia AMOLED, desenvolvida pela Samsung, permite que cada pixel da tela seja controlado de forma independente. Isso quer dizer que quando um conteúdo é exibido, não é gerado um consumo linear como em telas IPS. Assim, em imagens com tons escuros, o consumo acaba sendo menor que na exibição de conteúdos com cores claras. A cada geração, a companhia descobre novas formas de fazer esse controle energético mais avançado. Assim, é possível reduzir a quantidade de energia que é entregue a cada pixel do painel.
Uma prova disso é o gráfico acima, onde foram comparados os painéis usados no Galaxy S4, S5, S5 LTEA, S6 e também o Note 4. Como você pode notar, a tela do S6, mesmo sendo Quad HD, consome menos do que a tela do S5 que tem resolução Full HD. Isso mostra que Samsung conseguiu a proeza de aumentar a resolução e ao mesmo tempo reduzir o consumo. Também é possível notar o quanto a tela do Galaxy S4 consome mais que a do seu sucessor, mesmo tendo a mesma resolução. De 2013 para 2014, a sul-coreana mostrou um grande avanço ao modificar o padrão de tela dos seus painéis AMOLED, explorando o benefício de remover um sub-pixel e alterando a organização dos demais em forma de não linear – o que a empresa chamou de “Diamond Pixel”.
Na tabela abaixo, foi calculada uma média de consumo para o nível de brilho equivalente. Assim fica mais fácil saber o consumo médio do painel AMOLED de cada dispositivo. Começando pelo mais faminto da turma, o S4 chegou a consumir uma média de 3,41mW, enquanto o S5 ficou apenas com 2,66mW. Isso mostra um avanço de 40% no consumo de uma geração para outra. Já com o Galaxy S5 LTEA, ao aumentar a resolução para Quad HD, o consumou do painel foi para 3,02mW, mostrando que Samsung ainda não estava pronta para tal resolução. Uma prova disso é que o Note 4 com a mesma resolução (e tela maior) teve um consumo menor, de apenas 2,69mW. Já o S6 trouxe um refinamento em cima da resolução QHD, mostrando um consumo ainda menor que o Note 4, com apenas 2,21mW. Seguindo neste rumo, é esperado que o S7 chegue com painel com consumo abaixo de 2mW.
Como dito anteriormente, a tela AMOLED possui um consumo não linear, o que muda de acordo com o conteúdo exibido. Mesmo com o avanço da Samsung, o painel AMOLED ainda consome de 15 a 20% mais energia que um equivalente IPS (mesmo tamanho e resolução) quando é exibida uma imagem predominante branca, como a página de um navegador. No entanto, quando o conteúdo é misto (exibindo várias cores), a tecnologia da Samsung já supera a LCD, especialmente na execução de vídeos. Se a sul-coreana também conseguir reduzir o consumo quando os pixels exibem cores muito claras, o seu painel reinará absoluto no mercado de dispositivos móveis. Mesmo com os rumores de que o Galaxy Note 5 poderá vir com tela Ultra HD, Samsung será capaz de reduzir o consumo e entregar um valor abaixo do que encontramos no Note 4.
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