Os grandes datacenters podem ser considerados os corações das gigantes de tecnologia atuais. São neles que ficam localizados os servidores, equipamentos, medidores, transmissores, armazenagem de arquivos e tantas outras engrenagens que tornam empresas como a Google tão essenciais para nós. No caso da gigante do buscador, são até agora 13 datacenters espalhados pelo mundo inteiro. No entanto, parece que mais um está a caminho.

Para funcionar bem, um datacenter precisa cumprir diversos requisitos em termos de clima e ambiente. É preciso controlar fatores como temperatura e umidade, além de garantir energia plena e ininterrupta, com dezenas de geradores de segurança e cabeamentos da mais alta tecnologia. Tudo isso, os torna fonte de grande poluição para o meio ambiente, já que o nível energético consumido por estas instalações é muito maior do que o usual.

O Google tem saído do seu caminho para garantir que estes prédios operem de forma ecológica, utilizando painéis solares e energia eólica das proximidades, tanto que a empresa foi premiada pelo Greenpeace pelos seus esforços.

O décimo quarto datacenter do Google está seguindo por um caminho diferente. No lugar de ser construído em um local novo ele deve se aproveitar das estruturas de uma antiga usina de carvão, no estado do Alabama. Sabemos que estas usinas estão entre as principais causas do aumento da poluição no mundo, e ver o Google pegar uma instalação dessas e transformar em um prédio 100% verde com energia limpa é muito satisfatório.

“Datacenters precisam de muita infraestrutura para funcionar 24 horas e sete dias por semana, e existe muito potencial para desenvolver um sítio industrial de grande porte como uma usina de carvão. Décadas de investimento não devem ser jogados fora só porque um tipo de energia se tornou obsoleta. Nós podemos reaproveitar as estruturas elétricas e prediais para criar um datacenter com serviços confiáveis para o mundo inteiro”, afirma um pronunciamento oficial do Google.

A empresa segue dizendo que esta é a oportunidade perfeita de se gastar menos dinheiro ao mesmo tempo em que se substitui um velho prédio poluente por um local de energia renovável com tecnologia de ponta. Vamos torcer que mais iniciativas semelhantes continuem a aparecer, e que eventualmente o Google crie de fato um datacenter para a América latina. A presidente Dilma já explicitou publicamente este desejo para as principais empresas de tech do mundo.