26 Agosto 2016
A Apple já foi acusada algumas vezes de trabalho escravo, até hoje existem milhares de pessoas que não acreditam no papel de “heroína” que a companhia tenta construir entre os pobres e oprimidos. Infelizmente a escravidão é algo que não acabou, e apesar de não ser algo permitido pela lei, ainda é realizado ao redor do mundo. Agora a Apple, Samsung e Sony estão sendo acusadas de utilizar trabalho infantil na África.
De acordo com informações da organização de direitos humanos Amnesty International, algumas gigantes do mercado de tecnologia e automóveis não estão se certificando do trabalho legalizado em suas parceiras. Uma investigação indica que a Apple, Huawei, Lenovo, Microsoft, Samsung e Sony estão ligadas ao uso de cobalto em suas baterias de lítio.
O problema é que nas minas de cobalto da República Democrática do Congo, as crianças também trabalham na mineração. A companhia chinesa Huayou Cobalt é responsável pela mina no Congo, em que foram encontradas crianças de até 7 anos de idade trabalhando em condições perigosas.
“Companhias cujo lucro global é de US$ 125 bilhões não podem realmente alegar incapacidade de verificar de onde vêm suas matérias-primas essenciais”, afirmou o pesquisador nas áreas de negócios e direitos humanos da Amnesty, Mark Dummett.
Atualmente metade do cobalto utilizado no mundo inteiro é retirado das minas no Congo, em que os trabalhodores ficam ativos por horas e comprometem sua saúde. Só nos últimos 16 meses morreram 80 mineradores. A organização de direitos humanos entrevistou algumas crianças que trabalhavam nessas minas e foi relatado que elas passavam até 12 horas para ganhar cerca de US$ 2 ou US$ 3 por dia.
De acordo com informações da Unicef, é possível que cerca de 80 mil crianças trabalhem em minas da República Democrática do Congo até o momento.
É claro que as grandes empresas, como Apple, Samsung, Sony e Microsoft, possuem baixo controle de como esses materiais são extraídos. Porém, certamente elas falharam em verificar como o trabalho de suas parceiras funciona. A Amnesty International indica que todas as companhias que utilizam baterias de lítio verifiquem a procedência do cobalto extraído para fazer essas partes de seus produtos.
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