06 Março 2016
Samsung já lançou suas novas armas para o mercado de smartphones com os modelos high-end Galaxy S7 e S7 Edge. Durante o evento Unpacked 2016 a fabricante coreana disse que não ousará mais dizer o que os usuários necessitam, daí o retorno de importantes recursos tais como slot para expansão da memória interna e certificação IP68 para proteção contra poeira e água. Mas há detalhes que ainda não foram observados nessa nova geração e podem desagradar alguns usuários.
A linha Galaxy S7 já se demonstrou potente em testes de benchmark e apresentação de recursos para jogos, graças aos novos processadores Snapdragon 820 e Exynos 8890, além dos 4GB de memória RAM. Também traz uma renovada câmera de 12 megapixels com sensor SONY IMX260 que já se mostrou muito superior as soluções atuais da Apple na linha iPhone 6s.
Diante de todo esse robusto conjunto, o que poderia estar faltando? Nós observamos pelo menos cinco pontos que devem decepcionar potenciais compradores do Galaxy S7 e S7 Edge; Espaço para armazenamento, bateria não removível, sensor infravermelho, instalação de apps no cartão de memória e gerenciamento da memória RAM.
Espaço para armazenamento
Inicialmente a Samsung apresentou variantes da linha Galaxy S7 com 32GB e 64GB que, apesar do suporte para expansão via slot para cartões microSD de até 2TB (que está limitado, como explicamos no 4º ponto mais abaixo), não dá opção para os usuários que desejam contar com mais espaço interno de fábrica. Há outros agravantes. Alguns mercados, como os Estados Unidos, só receberão (inicialmente) a versão com 32GB, lembrando que a gravação de vídeos em 4K consome um espaço considerável. E o outro detalhe importante é a ausência do suporte para instalação de aplicativos na memória externa, ou seja, não será possível utilizar o recurso de estender o espaço interno via Android 6 Marshmallow.
Bateria não removível
Com baterias de 3000mAh (S7) e 3600mAh (S7 Edge) a Samsung promete autonomias consideráveis nessa nova geração, mesmo com a superioridade das características técnicas em comparação com os antecessores. Fala-se em até dois dias sem a necessidade de levar o aparelho de volta à tomada ou 10 horas contínuas com a tela ligada. Mas para fazer jus ao discurso de que “está ouvindo os usuários” seria necessário ter retornado também com a bateria removível. Talvez a explicação seja o novo design adotado, além da certificação IP68.
Sensor Infravermelho
Um recurso muito apreciado por vários usuários da linha Galaxy S é o sensor infravermelho, que possibilita transformar o smartphone em um controle universal para todos os eletroeletrônicos da casa ou escritório, incluindo televisores, receptores de TV, sistemas de ar condicionado e outros. Infelizmente o IR está ausente dos novos Galaxy S7 e S7 Edge, impossibilitando o uso do aplicativo TV Remote Control, que certamente fará falta para alguns dos usuários que pretendem o upgrade a partir do Galaxy S6.
Instalação de apps no cartão microSD
Seguindo com a lista temos uma atitude inusitada da Samsung quanto a um recurso presente no Android 6 Marshmallow. A Google dotou o novo sistema operacional com o suporte para transformar uma memória externa (microSD) em uma extensão da memória interna, ou seja, os 32GB com mais um cartão de 200GB seriam enxergados no dispositivo como uma memória interna de 232GB. Mas a marca coreana decidiu abrir mão do recurso, alegando que os usuários poderiam se confundir (alguém mais se sentiu ofendido?). Aqui vemos uma preocupação válida, mas novamente se demonstra que os ouvidos não estavam totalmente atentos aos clamores do mercado. Resultado, na compra de um Galaxy S7 ou S7 Edge com 32 GB a instalação de aplicativos grandes ou jogos o espaço na memória pode ficar seriamente comprometido, já que do espaço total apenas cerca de 23 GB estarão livres.
Gerenciamento da RAM
Finalmente, chegamos a um ponto que gera controvérsia há muito tempo e envolve a capa que a Samsung criou para sua versão do Android, a TouchWiz. Na nova geração Galaxy S7 houve algum avanço no gerenciamento da memória RAM, mas como o vídeo abaixo demonstra, ainda há muito trabalho a ser feito em relação aos problemas vistos com a geração que está sendo sucedida.
Mesmo com os fartos 4GB de RAM que possuem, os novos aparelhos garantem “apenas” 8 apps funcionando no multitarefa e caso um software mais pesado seja aberto, alguns apps são reiniciados ao serem solicitados, tais como o navegador Chrome e os jogos abertos no teste. Para efeito de comparação, o já veterano Zenfone 2 com a mesma quantidade de RAM, um processador Intel bem inferior ao Exynos 8890 e o Android 5 Lollipop, é capaz de rodar até cinco jogos pesados simultaneamente.
E então, o que você achou do compilado de pontos negativos na linha Galaxy S7? Quais detalhes podem ser considerados mais graves? Ou são todos irrelevantes diante dos prós que os aparelhos oferecem? Relembre as características técnicas na lista abaixo.
- Tela Super AMOLED de 5,5 polegadas com resolução Quad HD (5,1” no modelo flat)
- Chipset SAMSUNG Exynos 8890 (oito núcleos) ou Qualcomm Snapdragon 820 (quatro núcleos)
- GPU ARM Mali-T880 MP14 ou Adreno 530
- 4GB de memória RAM LPDDR4
- 32/64GB de espaço interno para armazenamento com slot para expansão via cartão microSD de até 2TB
- Câmera principal SONY IMX260 de 12 megapixels com abertura f/1.7, sensor de 1/2.5" e estabilização óptica de imagens
- Câmera frontal de 8 megapixels com abertura f/1.7 e lentes grande-angulares
- Leitor de impressões digitais
- Corpo protegido por Corning Gorilla Glass 4 nas partes frontal e traseira
- Bateria de 3.600mAh (3.000mAh para o modelo flat)
- WiFi 801.11 a/b/g/n/ac (2.4/5GHz), MIMO, Bluetooth 4.2 LE, ANT+, USB 2.0 e NFC
- Certificação IP68 para resistência à água e poeira
- Sistema operacional Android 6.0 Marshmallow com a nova interface TouchWiz
- O Samsung Galaxy S7 Edge ainda não está disponível nas lojas brasileiras. Para ser notificado quando ele chegar clique aqui.
- O Samsung Galaxy S7 ainda não está disponível nas lojas brasileiras. Para ser notificado quando ele chegar clique aqui.
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