06 Junho 2016
BlackBerry PRIV marcou a história da antiga líder do mercado de telefonia móvel, anteriormente chamada de RIM (Research in Motion), por ser o primeiro aparelho celular da marca canadense a abandonar o sistema operacional próprio da mesma para 'abraçar' a causa do Android. Além disso, ele também serviria para concluir se a empresa norte-americana está apta a continuar batalhando no segmento de tecnologia mobile, e as vendas da novidade podem muito bem responder negativamente a esta dúvida.
Analistas esperavam que a companhia sediada no Canadá vendesse até 850 mil unidades de seu mais novo smartphone até este trimestre de 2016, porém não foi isto o que aconteceu. Ao invés desse cenário, ela comercializou apenas 600 mil exemplares do smartphone, estando bem abaixo do previsto. Ainda assim, o atual CEO da ex-gigante, John Shen, ainda fala positivamente sobre o comércio do mesmo.
No trimestre anterior, logo após o BlackBerry PRIV ter sido lançado, também houve uma decepção em vendas. A previsão era de 700 mil vendas, porém o número foi ainda menor, mostrando que não basta mudar completamente a cara de um dispositivo para que ele tenha sucesso no mercado.
Talvez o que explique a baixa procura pelo eletrônico com o robozinho seja o preço bem elevado pedido pela antiga RIM por cada unidade, partindo de US$ 699, ou cerca de R$ 2.486, usando a cotação atual do dólar como base de conversão e ignorando os impostos que seriam cobrados no Brasil. Nota-se que tal quantia é superior à necessária para levar a maioria dos flagships modernos para casa, superando os modelos mais recentes da Apple, LG, Samsung, entre outras, apesar do PRIV ter sido anunciado com basicamente as mesmas características dos rivais da época, além de ter sido bem limitado pelas operadoras.
Pelo preço citado, os interessados podem desfrutar de uma tela de 5,4 polegadas em resolução Quad HD (2560 x 1440 pixels), protegida pelo vidro curvo 2.5D, 3 GB de RAM, chipset Qualcomm Snapdragon 808, incluindo seu processador de seis núcleos, cada um deles rodando entre 1,4 GHz e 1,8 GHz, e a Adreno 418 como placa gráfica, 32 GB de memória para o armazenamento interno, podendo ser expandida via cartão microSD, câmera principal de 21 megapixels, câmera frontal de 5 megapixels, suporte às redes 4G LTE, bateria de 3.410 mAh e Android Lollipop como sistema operacional, modificado pela interface própria da BlackBerry, embora ele já tenha aparecido rodando o Android Marshmallow. É impossível concluir sobre o futuro da ex-gigante de telefonia móvel, porém este ano deve significar muito para ela, oferecendo mais informações até o final do calendário.
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