03 Maio 2016
BlackBerry 10 morreu. Vida longa ao Android! Após admitir a derrota, a fabricante admitiu que não lançará mais dispositivos com o sistema operacional de desenvolvimento próprio e, a partir de agora, o foco será produzir aparelhos baseados no sistema do Google. Porém, apesar do BlackBerry Priv ter sido produzido como um smartphone high-end, os próximos modelos serão da categoria mid-range, voltados para o público corporativo, de acordo com o que disse o CEO da empresa, John Chen, ao site The National.
O fato de termos começado com um telefone high-end como nosso primeiro dispositivo Android provavelmente não foi tão esperto de nossa parte. Muitas empresas consumidores nos disseram, "eu quero comprar seu aparelho, mas 700 dólares é um pouco demais para mim. Estou mais interessado em um dispositivo de 400 dólares".
O mercado de dispositivos móveis está cada vez mais acirrado. O cerco vai se apertando contra alternativas ao Android e ao iOS, o que levou até mesmo à Microsoft a começar a abandonar o barco do Windows 10 Mobile. O sistema do robozinho domina o mercado, e até a Apple tenta recuperar terreno com o lançamento do iPhone SE. Enquanto isso, o sistema operacional próprio da BlackBerry perdeu suporte ao Whatsapp, fator que certamente contribuiu para o fim do BB10.
Aliás, mesmo para os dispositivos Androids não é fácil conseguir uma boa fatia. São muitas as opções de aparelhos com o sistema do Google. O Priv já chegou a ter o preço abaixado pela fabricante, que já anunciou mais dois smartphones com o sistema Android este ano. Para garantir uma clientela, Chen e a Blackberry focam no mercado corporativo, oferecendo um diferencial que sempre teve a seu lado: a segurança.
Nós somos os únicos que realmente protegemos o Android, levando os recursos de segurança do BlackBerry pelos quais todo mundo nos conhece e fazendo com que seja mais alcançável pelo mercado
Caso você seja proprietário de um dispositivo que roda no sistema BB10, não precisa se desesperar ainda. A empresa manterá suporte ao sistema por, "no mínimo, mais dois anos", garantiu Chen.
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