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Criptografia do WhatsApp: algumas questões que precisam ser consideradas

05 de maio de 2016 0

Hoje completa-se um mês que o WhatsApp anunciou que estava adicionando criptografia para proteger os dados dos usuários de seu aplicativo, mas a decisão já tem causado algumas polêmicas. No Brasil, por exemplo, o Ministério Público Federal vai investigar se criptografia do WhatsApp fere a Constituição Federal, e nos EUA há esforços políticos para ir na direção contrária da privacidade.

Resumindo bem, de acordo com o site da empresa, tudo o que é enviado pelo aplicativo só pode ser visualizado entre os usuários envolvidos na conversa. Porém em muitos lugares os governos estão preocupados com essa questão, inclusive alguns senadores dos EUA que parecem quase insinuar que a empresa é responsável por futuros ataques terroristas. Exemplo disso é o republicano Tom Cotton, que recomenda "enfaticamente que o WhatsApp e o Facebook reavaliem sua decisão antes de ajudar a facilitar um novo ataque terrorista".

No mundo da tecnologia, no entanto, WhatsApp não tem nada além de elogios para sua criptografia ponta-a-ponta recém implementada. É claro, as empresas em geral tem grande interesse em reforçar a ideia da importância da tecnologia, e essa notícia chegou como um exemplo a ser seguido.

Porém, ainda existem algumas lacunas e perguntas para serem respondidas. Até que ponto podemos confiar que os nossos dados estão seguros nas mãos do WhatsApp? E até quando?

Nem tudo é criptografado

O WhatsApp ainda vai manter registros de metadados de seus usuários. Isto significa que mesmo que o conteúdo de uma conversa não possa ser acessado por ninguém, nem mesmo pelo WhatsApp, os números de telefone envolvidos, a data e hora nas mensagens, ainda estão sendo armazenados em servidores da empresa.

Isto significa que se uma ordem judicial exigir ao WhatsApp esse tipo de informação sobre um usuário em particular, a quantidade de metadados que a empresa poderá fornecer seria suficiente para criar um perfil do usuário em questão e tirar algumas conclusões fortes.

Claro que esse tipo de informações é menos relevante que os conteúdos das conversas em si, e pode beneficiar investigações criminais. Mas não é apenas a esses casos que os metadados poderiam ser uma preocupação: hackers e governos fascistas poderiam se beneficiar disso.

O que o Facebook quer, afinal?

O WhatsApp foi adquirido pelo Facebook, que não é a empresa mais focada em privacidade. Afinal, para ganhar dinheiro através de anúncios, a empresa precisa saber o máximo possível sobre você - e guardar bem essas informações.

Como bem lembra o site VentureBeat, no passado algumas capturas de tela de uma atualização do WhatsApp beta chegaram ao conhecimento público, mostrando que a empresa planejava pedir aos usuários que compartilhassem suas informações de conta com o Facebook para "melhorar as suas experiências" na rede social. E se isso vier a acontecer em algum momento no futuro, então o Facebook iria começar a ver todos os metadados guardados mencionamos anteriormente.

Mas mesmo que isso nunca venha de fato a acontecer e as contas do Facebook e WhatsApp permaneçam sem compartilhar informações, ainda há a questão dos esforços do Facebook em fazer com que todos "garantam a segurança de sua conta", adicionando seu número de telefone na rede social. E adivinha o que provavelmente estará associado a este número de telefone? Sua conta no WhatsApp.

Então, caso o Facebook tenha desistido de convencer os usuários de compartilhar voluntariamente seus dados do WhatsApp com a rede social, seria difícil imaginar que a empresa tenha decidido fazer isso de modo velado, apenas com a associação do número de telefone?

E o dinheiro, por onde entra?

Por enquanto, o WhatsApp não está gerando nenhuma renda. No começo, ele tentou monetizar o serviço com uma taxa muito baixa, mas isso já foi abandonado e agora está oferecendo o serviço de mensagens de graça, com todos os recursos incluídos.

É possível que a plataforma seja aberta para marcas no futuro próximo, mas já ficou claro que não será para oferecer anuncios aos usuários. Ao contrário, seria um recurso que ajudaria os usuários a se comunicar com as empresas mais facilmente, assim como é planejado para o Messenger.

A questão é, isso de fato chegará algum dia? E se chegar, o recurso poderia ganhar dinheiro o suficiente para manter o aplicativo a longo prazo? Isso nos traz de volta ao Facebook e a dúvida se alguma parte do dinheiro de publicidade vai chegar no WhatsApp.

Todas essas questões estão em aberto e todos estão atentos aos movimentos do WhatsApp - a indústria, os usuários, políticos e juristas. Independente do que aconteça, é inegável que a decisão de oferecer criptografia ainda vai dar o que falar. No Brasil, a CPI dos Crimes Cibernéticos, por enquanto, está contra o bloqueio do aplicativo.


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