22 Agosto 2016
Um estudo recente realizado pelo Instituto de Tecnologia de Massachusets concluiu que alunos universitários que utilizam tablets ou laptops para anotações em sala de aula, tendem a tirar notas mais baixas dos que o que utilizam os clássicos papel e caneta.
A pesquisa, que contraria outra previamente realizada pela Unesco, revelou que aqueles rodeados por tecnologia tendem a se distrair mais fácil, gastando seu tempo em redes sociais, checando e-mails, ou até mesmo fazendo trabalhos para outras disciplinas.
Outro ponto comentado envolveu a efetividade das anotações realizadas nesses aparelhos, que aparentemente, não tinham tantos detalhes quanto aquelas escritas à mão, vendo que os estudantes não se engajavam tanto com o professor por causa das distrações.
Os pesquisadores comentaram que ficou claro a queda de desempenho daqueles alunos que utilizavam tecnologia quando disponível. Em média, suas notas chegaram a ser até 18% mais baixas se comparado aos que não usavam qualquer tipo de dispositivo.
A amostra, que envolveu 726 estudantes não-graduados de economia na Academia Militar dos Estados unidos, em West Point, Nova Iorque, teve resultados comparados após a decisão de proibir o uso de laptops e tablet em sala de aula, salvo o caso de tablets, se estivessem completamente apoiados na bancada.
Outro estudo realizado ano passado pela OECD (Organisation for Economic Cooperation and Development) também citava que o uso de tecnologia em sala de aula pode afetar a habilidade de leitura dos estudantes.
O pior é que no Brasil, fica cada vez mais comum escolas particulares pedirem aos pais para a compra de tablets como parte do material escolar de seus filhos.
Não podemos esquecer também das diversas empresas que estão investindo no desenvolvimento de produtos e aplicativos direcionados para os pequenos como, por exemplo, a Xiaomi com o Mituwatch, o HopSkipDrive (Uber para crianças) sem contar o grupo terrorista ISIS, que havia lançado um app destinado a doutrinar as crianças sobre o uso de armas.
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