14 Junho 2016
O governo de Bangladesh anunciou que o Facebook e a Microsoft concordaram em atender às solicitações de remoção de conteúdos que sejam apontados como inapropriados no país. Com este acordo, as duas empresas excluirão de suas redes tais conteúdos dentro de 48 horas. A Google também faz parte do acordo e vai remover vídeos do do YouTube, atendendo a pedidos do governo.
Bangladesh já havia banido em novembro de 2015 o uso do Messenger, Viber e WhatsApp porque, de acordo com o governo, esses apps eram usados para a comunicação entre criminosos. O The Economic Times afirmou que na ocasião o banimento foi motivado pelo medo de que a oposição se revoltasse por uma sentença de morte a líderes oponentes.
O governo disse que criou uma equipe de segurança computacional (CSIRT) em resposta a incidentes para ajudar a reduzir o uso de linguagem abusiva através da internet. No entanto, as preocupações entre partes da população é de que o governo usaria esse novo poder para controlar os debates e opositores políticos.
"Depois de intensa discussão com o Facebook, Google e Microsoft, foi acordado que eles vão responder a pedidos em 48 horas", disse o ministro de Estado para Telecoms Tarana Halim, em resposta à publicação independente MP Rustam Ali Farazi.
No início deste ano o Batalhão de Ação Rápida de Bangladesh (RAB) prendeu 14 pessoas, incluindo 12 estrangeiros, por cometer crimes usando diferentes plataformas de mídia social no país.
Entretanto, Bangladesh não é o único país que levou as companhias à preocupações sobre conteúdos online. A Microsoft, Facebook e outras gigantes da tecnologia dos Estados Unidos assinaram recentemente um acordo com a Comissão Europeia para combater a propagação do discurso de ódio on-line que também os obriga a responder às reclamações dentro de 24 horas.
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