29 Janeiro 2017
O Facebook é hoje uma dos maiores meios de comunicação, principalmente para aqueles com dificuldades de interação social e sofrem com problemas de depressão. Por isso, a rede social acaba se tornando uma ferramenta importante para grupos de apoio a essas pessoas, e uma forma de pedir ajuda.
Sabendo disso, a empresa agora lançou globalmente uma ferramenta que permite aos usuários marcarem anonimamente postagens de amigos que forem consideradas potencialmente de teor suicida.
Com a ferramenta, os usuários encontrarão um botão que permite reportar mensagens, e poderão optar por deixar o Facebook chegar a esse amigo e oferecer algum tipo de ajuda ou materiais de apoio para orientação.
Anteriormente, esta ferramenta estava disponível para alguns usuários apenas em inglês, mas agora será distribuída globalmente. O Facebook diz que há uma equipe para monitorar as mensagens sinalizadas 24 horas por dia, sete dias por semana.
Em 2014, o Facebook ficou sob a mira de críticos por manipular a linha de tempo dos usuários, priorizando mensagens negativas e positivas, em um tipo de teste para ver como afetaria as emoções dos usuários. De acordo com o New York Times, os pesquisadores da empresa descobriram que mensagens com associações negativas costumam receber mensagens longos e empáticas.
"As pessoas realmente querem ajudar, mas muitas vezes elas simplesmente não sabem o que dizer, o que fazer ou como ajudar os seus amigos", disse Vanessa Callison-Burch, gerente de produto do Facebook que trabalha no projeto.
A empresa disse que o seu trabalho com a prevenção do suicídio começou há cerca de 10 anos, depois de uma série de suicídios em Palo Alto, Calif, antiga localização da sede da rede social e cidade em que Mark Zuckerberg vive.
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Algumas organizações sem fins lucrativos e pesquisadores pressionam o Facebook para ser mais agressivo em seus esforços de prevenção do suicídio, na esperança de que essas mudanças também levem outras gigantes da tecnologia a agir de forma semelhante.
"Estamos perdendo mais pessoas para o suicídio do que para o câncer da mama, acidentes de carro, e homicídios", disse o Dr. Dan Reidenberg, o diretor-executivo do Save.org. "Nós ficaríamos felizes se outras empresas aderirem ao movimento."
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