Fragmentação ainda é um grande problema do Android e Google vem se esforçando para acabar com este lado negativo do seu sistema. A empresa sempre lança relatórios mensais onde informa como está evoluindo as atualizações do sistema por parte das fabricantes. No relatório deste mês, vimos que o Android Marshmallow finalmente chegou a 10% dos dispositivos do mercado. Google usa o número de acessos à Play Store como base para saber qual a versão do sistema de cada usuário. No entanto, uma empresa de análise de mercado discorda dos números informados pela gigante das buscas.

De acordo com o relatório da Apteligent, o Android Marshmallow já representa 19,42% do mercado. Por que esta diferença toda com relação aos números revelados pela Google este mês? A empresa de análise leva em consideração todos os smartphones Android que acessaram à internet entre os dias 22 e 28 de maio. O que acaba incluindo a infinidade de smartphones chineses que não contam com a Play Store instalada e que acaba ficando de fora do relatório da Google.

Há também outro problema com a metodologia da Google. A empresa leva em conta dispositivos que podem se conectar com a Play Store, mas não necessariamente smartphones que estão em uso naquele momento. Com isso, só em ter a Play Store instalada no celular já conta como dispositivo ativo para a Google, o que pode acabar gerando números errados para o relatório.

Uma prova disso que é nos dados divulgados pela Apteligent, o Android Froyo teve 0% de participação, enquanto nos dados da Google esta versão do sistema continua registrando 0,1% há mais de um ano. Esta diferenciação também afeta outras versões como o Lollipop que aqui tem 48,2% do mercado (contra 35,4% da Google) e KitKat com 24,91% contra 31,6%.

Um sistema menos fragmentado do que imaginamos

Se os números da Apteligent realmente estiverem certos, então o Android não é um sistema tão fragmentado como imaginamos. Basicamente as três últimas versões dominam mais de 90% do mercado. Pode não parecer o ideal, mas é mais animador do que vermos o relatório da Google que ainda inclui versões com mais de 4 anos de lançamento em grande participação. De qualquer forma, Google continuará buscando formas de acelerar estas atualizações, podendo até fechar o sistema para poucas fabricantes.