04 Agosto 2016
O grupo extremista ISIS tem ficado conhecido não só pelos atentados terroristas que promove, mas também pela crueldade que seus integrantes praticam contra mulheres. Os guerrilheiros islâmicos estariam usando aplicativos conhecidos como Telegram, WhatsApp e Facebook para divulgar anúncios de escravas sexuais à venda.
Por motivos óbvios, o Estado Islâmico tem preferência por aplicativos que criptografia avançada, razão pela qual o Telegram seria o preferido para esse tipo de atividade. Antes, conversas vazadas já haviam mostrado grupos no mensageiro russo servindo de ponto de encontro de terroristas, principalmente para recrutamento, incluindo pelo menos um com usuários brasileiros.
Uma conversa entre negociadores de escravas foi obtida pela comunidade ativista Yazidi e disponibilizada à Associated Press. Os detalhes assustam: "virgem, linda, 12 anos", diz um dos anúncios. Segundo investigações, cerca de 3 mil garotas menores de idade estariam sendo mantidas presas pelo ISIS e comercializadas por meio dos aplicativos.
Segundo Markus Ra, um porta-voz do Telegram
O Telegram é extremamente popular no Oriente Médio, entre outras regiões. Isso, infelizmente, inclui marginais e, em igual medida, pessoas que cumprem a lei.
Já o WhatsApp se mostra mais taxativo, mantendo uma postura firme contra criminosos que usam o aplicativo. Segundo Matt Steinfield:
Nós temos tolerância zero para este tipo de comportamento e desativamos contas quanto temos evidência de atividade que viola nossos termos. Encorajamos as pessoas a usarem as nossas ferramentas de denúncia caso se deparem com esse tipo de comportamento
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