22 Outubro 2016
A Alphabet, empresa que controla o Google, divulgou nesta sexta-feira (29) o resultado financeiro do segundo trimestre de 2016, terminado em junho. A empresa fechou a metade do ano com faturamento de US$ 21,5 bilhões e lucro de US$ 4,88 por ação, números maiores do que os obtidos por Microsoft e Facebook.
Como sempre, o destaque ficou por conta da venda de anúncios digitais, mas com uma mudança: o desempenho foi acima da média na comercialização de anúncios no celular. Segundo analistas do mercado, a novidade é importante porque mostra que o investimento no Android vem dando resultado para uma empresa antes focada em buscas no desktop, pelo google.com.
Mas, nem só de anúncios vive o Google. Na verdade, foi também a primeira vez que outros negócios cresceram mais que a venda de publicidade da gigante das buscas. Enquanto o faturamento por cliques em banners e demais formatos aumentou 29%, a renda da Google Play combinada com venda de hardware - como os Nexus -, Google Fiber e armazenamento online superaram 33% em comparação com 2015.
Os resultados mostram que a saúde financeira da Alphabet, apesar de ainda ficar atrás da performance de Apple e Samsung, está muito bem, obrigado. E isso faz com que projetos audaciosos que hoje dão prejuízo possam se manter vivos. É o caso do investimento em carros autônomos e outras apostas para o futuro, que "comeram" US$ 859 milhões dos cofres da companhia.
Anúncios vão bem, mas nem tanto
O faturamento sobre cliques no celular cresce e é responsável por boa parte do sucesso nos números de Alphabet e Google, mas nem tudo são flores. A renda vinda de cliques na web está crescendo menos do que antes, e analistas preveem que isso só deve piorar nos próximos anos.
Por isso, é importante que a empresa invista em novos negócios. No futuro, a gigante das buscas ainda deverá ganhar um bom dinheiro com propaganda, mas é forte a possibilidade de que seu faturamento maior passe da internet para o mercado de hardware, setor em que Apple e Samsung prosperam.
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