Samsung não está agradando a todos com seu programa internacional de recall das unidades defeituosas do Galaxy Note 7. Na quinta-feira desta semana, 29 de setembro, o canal de TV chinês CCTV dirigiu fortes comentários negativos contra a gigante da Coreia do Sul. Em um trecho publicado na página oficial da emissora, o comportamento da companhia foi julgado como sendo discriminatório no país.

Seguindo com as críticas, o processo de substituição do potente telefone no país ganhou o título de “cheio de arrogância”. CCTV compara as reações entre a Samsung da China e dos Estados Unidos da América. No primeiro local, ela liberou uma pequena nota dizendo que a maioria dos smartphones não precisariam ser trocados, enquanto em solo dos EUA a mesma teve o trabalho de disponibilizar uma série de opções distintas aos consumidores, até mesmo publicando um vídeo de desculpas aos envolvidos.

“A política discriminatória da Samsung causou um descontentamento por parte dos clientes chineses”, finaliza o canal de TV. De fato, Samsung afirmou que a maior parte dos exemplares comercializados por lá estava livre do erro relacionado à bateria, cuja temperatura instável causou incêndios em dezenas de ocasiões. Como a CCTV é um dos nomes mais fortes na categoria, trata-se de um duro golpe dado à missão da companhia na China.

Uma vez a maior vendedora de smartphones no país, a empresa asiática hoje deixou de fazer parte do top 5 das marcas mais procurada na região, sendo ultrapassada pela Huawei, OPPO, vivo e outras. Nesta posição, a dona da TouchWiz começou a investir mais no local, tentando conquistar mais chineses à linha Galaxy. Com o problema do Note 7, no entanto, isto parece estar mais distante do que ela gostaria.

Samsung Galaxy Note 7 na China

Antes do lançamento global do Galaxy Note 7, Samsung liberou 1.858 unidades na China a fim de servirem como uma base de teste. Estes exemplares retornaram às assistências técnicas a pedido da própria fabricante, mas o programa parou por aí. Há um motivo para o recall não ter ganhado força lá, nas palavras da gigante sul-coreana.

Ao invés de serem feitas pela própria empresa, a maior parte das baterias encontradas nos modelos de Galaxy Note 7 disponíveis em território chinês é feita por terceiras, não apresentando riscos de explosão. Samsung, por fim, divulgou uma nota oficial pedindo desculpas pelas informações insuficientes sobre o problema encontrado no phablet. Samsung relançou o Galaxy Note 7 nos Estados Unidos e na Coreia do Sul, mas não há detalhes sobre quando o dispositivo retornará ao mercado da China.

O Samsung Galaxy Note 7 ainda não está disponível nas lojas brasileiras. Para ser notificado quando ele chegar clique aqui.