29 Agosto 2017
Em meio à polêmica em torno das explosões de várias unidades do Galaxy Note 7 em todo o mundo, a Samsung decidiu tomar a atitude mais drástica. A companhia sul-coreana anunciou o fim da produção do aparelho e o início do recolhimento de todos os produtos do mercado. A novidade chega depois de relatos que até mesmo celulares trocados estavam sofrendo incêndios.
A decisão ocorre não só para evitar problemas mais sérios com usuários, mas para proteger a marca de um prejuízo ainda maior. Com o imbróglio, a Samsung já perdeu nada menos que US$ 17 bilhões em valor de marca, e suas ações chegaram a cair 9,5 pontos na bolsa de Londres – agora, está em baixa de 7,5% -, um prejuízo de um WhatsApp inteiro.
Mesmo após o primeiro recall em massa de smartphones da história, usuários continuavam a relatar superaquecimento do aparelho. Em um dos casos, um voo da Southwest Airlines nos EUA teve que ser evacuado depois que um Note 7 começou a soltar fumaça e a queimar o carpete da aeronave.
O fim da produção do Galaxy Note 7 é sem precedentes, e deverá representar um prejuízo ainda incalculável para a Samsung. Somente o primeiro recall, que tirou do mercado 2,5 milhões de unidades, custou entre US$ 1 e 2 US$ 2 bilhões. Dessa vez, o valor deverá ser muito mais alto para recolher todos os lotes - estimativa é que as perdas alcancem R$ 54 bilhões.
De onde vem a falha?
As causas do problema permanecem um mistério. Embora já tenha havido investigações internas, a Samsung ainda não detalhou o que teria tornando o Note 7 tão explosivo. Só o que se sabe por enquanto é que a origem da falha seria na bateria.
Inicialmente, a culpa foi colocada em uma das subsidiárias da fabricante, mas a tese foi deixada de lado depois que baterias fabricadas por outra planta começaram a pegar fogo também.
Note 7 no Brasil
O Galaxy Note 7 não chegou a ser vendido oficialmente no Brasil, e ainda não há relatos de aparelhos incendiários no país. Mesmo assim, o celular é proibido de se manter ligado em voos desde setembro graças a uma resolução da ANAC. A recomendação para quem importou o Note 7 é entrar em contato com o lugar de compra ou ligar para a central de atendimento o mais rápido possível.
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