Apple 26 Out
Samsung aproveitou a manhã desta quinta-feira, 27 de outubro, para tornar públicos os seus números obtidos neste terceiro trimestre fiscal de 2016. Usando seu blog oficial, a gigante da Coreia do Sul revelou a receita, lucro operacional, lucro líquido e outros tópicos a serem abordados. Conforme o esperado, as explosões do Galaxy Note 7 e sua descontinuação global foram efetivamente negativas aos cofres da empresa.
Nos últimos três meses, Samsung amontoou uma receita de US$ 41,9 bilhões, um decréscimo de 7,5% em relação ao número apresentado por ela no mesmo período do ano passado. Trata-se do dinheiro total obtido por vendas e serviços, mas ignorando os gastos de produção e demais custos. No terceiro trimestre de 2015, o montante foi maior em US$ 3,4 bilhões, um forte impacto às finanças da companhia. E a situação só piora.
Os lucros operacionais no recente período chegaram a US$ 4,5 bilhões. Usando como base a mesma época do ano passado, houve uma baixa de 30%, ou US$ 1,89 bilhão, outro grande choque contábil à fabricante. No mesmo tempo, os lucros antes das taxas caíram 19%, enquanto o lucro líquido também sofreu uma queda, agora de 17%. Mas talvez o que mais chame a atenção esteja na divisão de TI & Comunicações Móveis.
Na divisão de Tecnologia de Informação & Comunicações Móveis, Samsung apontou o maior abalo nos últimos três meses. O lucro operacional nesta categoria sofreu uma redução de assustadores 96% em relação aos mesmos meses de 2015. Nela, a marca oriental registrou uma entrada de US$ 87,1 milhões, uma retenção quase integral em relação ao mesmo trimestre do ano passado, principalmente por causa do Galaxy Note 7.
Relembrando o caso e olhando ao futuro
Galaxy Note 7 foi apresentado pela Samsung em 2 de agosto, ganhando o título de um dos melhores aparelhos de 2016. Em 24 de agosto, no mesmo mês de sua estreia pública, houve a primeira explosão reportada publicamente, onde uma unidade do phablet explodiu enquanto carregava em um lar chinês. A partir daí houve um efeito cascata, dezenas de exemplares também começaram a apresentar o problema.
Em 2 de setembro, exatamente um mês pós-lançamento, Samsung decidiu realizar um recall global. Depois de trocar milhões de dispositivos mundo afora, o novo modelo, teoricamente seguro, também começou a entrar em combustão, o que levou a companhia a interromper as vendas do mesmo e cessar por completo a sua produção. O resultado foi bilhões de dólares de prejuízo no setor.
Agora a linha Galaxy S7 entra em pauta como o foco da Samsung para o futuro. Investindo no flagship estreante no início deste ano de 2016, a empresa quer estagnar as perdas para recuperar os valores perdidos. Ainda assim, é válido ressaltar que, mesmo com os decréscimos financeiros, ela ainda permanece como sendo a maior vendedora de celulares do planeta.
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