Android 01 Dez
Mesmo com o risco de explosão, muitos usuários do Galaxy Note 7 ainda não devolveram suas unidades às lojas da Samsung. Desta forma, a gigante da Coreia do Sul está aplicando medidas um tanto controversas para garantir a devolução dos exemplares.
Em um anúncio oficial, a companhia confirmou o bloqueio do aparelho por todo o território do Canadá. Por lá, o modelo terá suas redes móveis desativadas, sendo incapaz de fazer ligações ou até mesmo acessar a internet pelas conexões 3G ou 4G LTE.
Aceitando apenas o Wi-Fi para se manter conectado, Galaxy Note 7 perderá toda a sua ideia de telefone para virar mais uma central de multimídia. Em teoria, isso fará com que os clientes retornem o produto no mesmo local de compra para entrarem ao programa da Samsung.
Este, por sua vez, garante o reembolso do dinheiro ou a troca por outro membro da linha Galaxy. A iniciativa inclui o Galaxy S7 e, talvez a versão mais próxima do Note 7, o Galaxy S7 Edge, então não é uma perda completa ao consumidor.
Mesmo que pareça uma medida exagerada, Samsung quer evitar que mais usuários sejam afetados pelo risco que o Galaxy Note 7 oferece. Trata-se de uma forma de proteger seus fãs, ainda que eles não gostem da situação, contra as infelizes explosões.
Não é a primeira vez que a companhia pratica uma ação de bloqueio. Unidades vendidas na Nova Zelândia foram as primeiras a serem limitadas por ela, seguidas pelos exemplares no país da Austrália, que também viraram “pesos de papel” no processo.
Motivo das explosões do Galaxy Note 7
De acordo com uma pesquisa realizada pelos laboratórios da empresa Instrumental, o grande culpado pelas explosões no Galaxy Note 7 é o visual agressivo usado pela Samsung na construção de seu potente phablet, priorizando uma estrutura mais fina.
Como consequência, o espaço ocupado pela bateria tornou-se muito estreito, colocando pressão na peça mesmo em uso comum. Isso facilitou o contato entre os polos positivo e negativo do componente, tendo como resultado as já populares explosões.
Galaxy Note 7 será bloqueado no dia 15 de dezembro no Canadá, data em que o fim do programa de troca e substituição do defeituoso telefone também deve acabar. Clientes que não querem ficar com um aparelho limitado precisam procurar, o mais rápido possível, a loja onde compraram o mesmo. E a Samsung acha que já fez demais por seus consumidores.
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