Seguindo os passos de outras gigantes da tecnologia, o Google também segue em uma situação bem delicada na questão da privacidade. Com a chegada do mensageiro Allo no mês de setembro, publicações por parte de Edward Snowden, ex-analista da NSA, alegavam que o aplicativo de Mountain View para troca de mensagens ainda está bem longe de ser seguro.

A empresa ainda foi acusada de modificar os termos de privacidade ilegalmente, gerando uma considerável multa para a companhia da Califórnia.

Contudo, um novo detalhe veio à tona nestes últimos dias de 2016, onde um funcionário da empresa afirma que o Google pratica um programa abusivo de espionagem interna. John Doe, gerente de produtos do Google salienta que a empresa proíbe que seus trabalhadores possam conversar até mesmo com os advogados sobre atividades ilegais que possam ocorrer dentro do âmbito corporativo, sob ameaça de demissão.

Além disso, a empresa também estaria encorajando para que os funcionários delatassem os companheiros, quando alguma atividade que foge das normas trabalhistas fosse avistada. Estes são apenas alguns exemplos das acusações que aparecem no documento oficial contra o Google. Estas medidas tem intuito de evitar que informações sigilosas possam vazar publicamente, comprometendo a imagem da empresa e futuros lançamentos.

Outro detalhe que também ganha destaque, é que o Google proíbe que seus funcionários escrevam um livro contando as experiências na companhia norte-americana. O funcionário ressalta que a empresa classifica que tudo que acontece no Google, pertence e tem de permanecer de forma confidencial dentro da empresa.

Caso o processo seja aprovado, o Google pode ter que desembolsar uma quantia de até US$ 200 (R$ 670 em conversão direta na cotação atual) para cada uma das 12 violações, multiplicados ainda pelos 61 mil funcionários da empresa e pelos períodos de pagamento de cada trabalhador, o que ao fim, resultará em aproximadamente US$ 3,8 bilhões (R$ 13 bi) que deixam os cofres da companhia.