Google 14 Dez
Na primeira semana de 2016, o Google removeu nada menos do que 12 milhões de links em resultados de seu buscador. Este início já dava uma ideia do que o restante do ano guardava em matéria de pedidos e remoções de URLs. E o total final ficou próximo de 1 bilhão de páginas retiradas, aumento próximo de 100% em relação a 2015.
O Relatório de Transparência do Google foi atualizado com os números totais de pedidos de remoções de links durante todo o ano de 2016. Agora, com ainda mais detalhes, o documento exibe, além da quantidade de pedidos, quantos estão em análise, foram negados e, claro, quantos deles foram atendidos.
Sabe-se que em 2015 o Google recebeu 558 milhões de pedidos de remoção de links nas páginas de resultados do buscador. Essas ações são, principalmente, de grandes empresas detentoras de direitos autorais. E, em 2016, subiram para mais de 1 bilhão.
No entanto, de acordo com os números fornecidos pela própria gigante das buscas, “apenas” 914 mil foram atendidos – ou 89,8%. São 351 mil sites diferentes afetados, em números até o dia 29 de dezembro. Entre os que não foram retirados estão links duplicados, inválidos, pendentes e também alguns cuja remoção foi rejeitada.
Segundo o site TorrentFreak, há uma grande variedade entre os autores dos pedidos, mas a companhia de música britânica BPI foi a recordista, “como sempre, com mais de 80 milhões de pedidos, mas Fox, NBC Universal, HBO e Microsoft também estão entre os principais requisitantes”.
Ainda de acordo com a publicação, o número de pedidos se estabilizou no segundo semestre do ano passado, depois de crescer bastante nos últimos anos. As remoções ficaram em torno de 20 milhões semanais nos últimos seis meses.
Ainda há, entretanto, uma diferença de ideologia entre MPAA, RIAA e outras indústrias de produção de conteúdo no que diz respeito ao tratamento que esses sites infratores devem receber. Para essas empresas, há necessidade de medidas mais duras, incluindo a manutenção dos links para sempre fora das buscas.
Já o Google acredita que o sistema atual é suficiente para lidar com páginas infratoras e conteúdo ilegal, além de acreditar que a solução mais dura é inviável.
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