Conforme esperado, a Samsung anunciou na noite deste domingo (22/01) o relatório sobre as explosões do smartphone Galaxy Note 7, já tirado do mercado graças a um programa de recall. O documento foi exibido e explicado por um porta-voz da companhia, que alegou que 700 funcionários dedicados testaram 200.000 telefones e 30.000 baterias para que chegassem à conclusão. Duas consultorias também foram contratadas.

Segundo o profissional, são dois problemas relacionados às explosões de bateria. O primeiro foi uma falha de projeto no canto superior direito da bateria que fez com que os eletrodos tivessem um comportamento anormal, ocasionando um curto-circuito interno. O segundo problema surgiu quando a Samsung usou baterias de um fornecedor diferente, que tinha um defeito de soldagem que também contribuiu para facilitar os curto-circuitos.

Veja uma apresentação em vídeo sobre o problema:

A companhia sul-coreana, metida em um escândalo de corrupção que culminou com o afastamento da presidente, também apresentou um infográfico sobre o problema, conforme você pode ver abaixo.

Chefe do setor mobile da Samsung, DJ Koh disse o seguinte sobre o tema durante a apresentação realizada em Seul:

Foi um período muito doloroso, mas em alguns meses aprendemos muito. Gostaria [que] isso servisse como uma oportunidade para melhorar a segurança do íon de lítio, não só para a Samsung, mas para toda a indústria.

Durante a conferência, a Samsung assegurou que está melhorando seus processos internos da qualidade para impedir tais percalços no futuro - diversas vidas e famílias foram postas em risco graças ao produto defeituoso. A ideia da Samsung é introduzir novas verificações de segurança para baterias e também formar um grupo de consultoria para este setor.

Apesar do recall do Note 7 anunciado dias após seu lançamento, milhares de pessoas continuam usando o eletrônico, sobretudo nos Estados Unidos, alerta uma operadora. O modelo da Samsung não chegou a ser comercializado no Brasil.