Android 19 Jan
A Coreia do Sul está passando pela sua maior crise política da história recente. A presidente Park Geun-Hye foi afastada pelo Congresso após denúncias de corrupção e por ter, ao que tudo indica, ter favorecido os negócios de sua amiga pessoal e guia espiritual Choi Soon-Sil.
Choi Soon-Sil, presa acusada de tráfico de influência, pode ter cobrado valores milionários de grandes empresas para facilitar empréstimos, benefícios fiscais, concessões e burocracias em geral relativas ao governo. Herdeiro e vice-presidente da Samsung, Lee Jae-Yong chegou até mesmo a ter sua prisão pedida pelo Ministério Público sob alegação de que teria pago em torno de US$ 35 milhões à Choi. Este valor teria servido para favorecer a aprovação da aquisição da Samsung C&T e a Cheil Industries, em 2015. Os juízes decidiram, no entanto, manter Lee solto.
Ocorre que, agora, um novo integrante da cúpula da gigante asiática foi convidado para depor às autoridades. A procuradoria daquele país ouviu o vice-presidente executivo, Hwang Sung-Soo, na tarde da última sexta-feira (20/01). Ele foi classificado como testemunha.
Hwang é o quinto executivo da Samsung a convocado pela promotoria. Por ser testemunha, muito provavelmente ele não deve enfrentar complicações legais, como o risco de ser detido.
Além de passar um pente fino nos executivos da Samsung, as autoridades da Coreia do Sul também podem abrir processos contra outras grandes companhias do país. Segundo rumores, a LG e Hyundai podem ser as próximas investigadas, embora a informação ainda não tenha sido confirmada até o momento.
Apesar de ter sido afastada pelo Congresso, Park Geun-Hye ainda é a presidente do país. Ela poderá ser autorizada a voltar ao cargo ou ser impedida de vez, mas isso depende do Tribunal Constitucional daquele país, que ainda decide o rumo da política. Caso ela perca do mandato, uma nova eleição deve ser realizada com os eleitores sul-coreanos. Entre os candidatos esperados está o ex-secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.
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