Android 21 Jan
Atualmente vivenciamos possivelmente a geração mais intensa do universo gamer, visto todos os jogos das gigantes da indústria que praticamente beiram a realidade, consoles poderosos, a ascensão da realidade virtual, controles Bluetooth, e a lista segue em expansão.
Contudo, muitos jogadores veteranos e mais nostálgicos ainda mantém grande apreço e respeito pela geração clássica, com seus joguinhos pixelizados e simples, que basicamente não contavam com grandes gráficos e sequer sonhavam com o 4K, este nicho hoje é conhecido como geração original.
Muitos destes jogos – ou mesmo conceitos inspirados neles – perceberam então uma ótima oportunidade para votarem à tona na última geração – os smartphones.
Como os dispositivos móveis praticamente são onipresentes e a maioria dos joguinhos mobile não exige uma performance premium de um flagship, a predileção impressionante por estas alternativas foi notável, e várias desenvolvedoras renomadas viram um conceito promissor neste segmento, revivendo jogos de consoles dos anos 80 e 90 com versões para as plataformas móveis.
Mas um nova pesquisa chega para preocupar o mercado nesta semana, não compactuando com relatório do último ano que apontava que os games mobile são um negócio mais relevante que jogos de PC e consoles.
Vendo agora os dois lados da moeda, a equipe do Yahoo utilizando dados da sua plataforma Flurry, para análise do setor mobile, viu um declínio significativo na popularidade dos joguinhos para celulares. Em nota, Chris Klotzbach, diretor do Yahoo, ressalta que esta queda no número de interações com jogos já estava sendo observada há algum tempo, e o declínio está relacionado com a maturidade do mercado de aplicativos e com as mudanças na forma como os usuários investem nos jogos para telefone.
No ano de 2016, o número de consumidores com joguinhos para dispositivos portáteis caiu 15% no mundo inteiro, um declínio de 450 bilhões para 380 bilhões, no entanto, no Brasil a queda foi menos drástica, somando 10% nas pesquisas, mas ainda assim os gamers brasileiros disseram adeus aos seus jogos favoritos.
Como o Android ainda mantém destaque nas vendas, a loja Play foi a que mais viu este impacto, com os usuários perdendo interesse nos jogos para plataforma a todo momento.
Vale ressaltar que além da significativa queda, os games ainda apresentaram uma retenção consideravelmente menor de usuários em comparação a outros aplicativos para propósitos variados, isso tanto no Android quanto no iOS. Jogos de ação, aventura, para a família e crianças mostraram índices menores que 10% de retenção de usuários após 30 dias de instalação.
A indústria de games categoricamente ainda é uma das mais poderosas do mercado, são valores astronômicos que as empresas investem no desenvolvimento e marketing de títulos e séries renomadas, e como os jogos para smartphones hoje já conseguem rivalizar diretamente com os consoles neste setor, as empresas podem observar um quadro delicado com este declínio, e possivelmente precisarão rever vários conceitos para continuarem consolidando o sucesso e preferência dos jogadores, que abriram mão de aproveitar os títulos em seus respectivos smartphones e preferem migrar para os dispositivo de mesa.
Um dos exemplos mais notórios e relativamente recentes foi Pokémon GO, que apresentou resultados extraordinários nas primeiras semanas, e posteriormente perdeu nada menos que 79% dos jogadores na base de usuários ativos. A grande questão que perdura por ora, é com relação a se de fato os joguinhos portáteis serão mesmo tão transitórios assim?
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