Tech 24 Fev
O Uber afirmou que milhares de seus motoristas em Londres poderão desistir do trabalho caso as autoridades daquela cidade obriguem os trabalhadores a realizarem e tirarem boas notas em testes de proficiência em inglês. A empresa de tecnologia diz ainda que a medida pode gerar discriminação racial indireta.
O serviço de táxi e de caronas, geralmente, é realizado por imigrantes nestes países desenvolvidos, que encontram na função uma forma de sustento. Os advogados de Uber disseram que o app gera fonte de renda para 33 mil pessoas que muito possivelmente falharia nas provas de língua inglesa. Ao todo, são 110 mil motoristas cadastrados em Londres.
As autoridades britânicas querem tornar obrigatório o inglês mínimo como forma de melhorar a qualidade do serviço para os passageiros não só de Uber, mas também no serviço de táxi. A exigência foi anunciada em setembro do ano passado e divide opiniões dos ´cidadãos.
Por onde é quer passa, o Uber se envolve em disputas judiciais. A empresa norte-americana, que está sendo acusada de plágio pelo Google, mantém uma série de advogados nos países em que opera.
Aqui no Brasil, além de ser criticada de não ter ações para impedir violência, tanto que os passageiros ou motoristas sofrem, ou dar suporte, a firma tem enfrentado problemas com a legislação trabalhista. Em uma decisão inédita no país o Tribunal Regional do Trabalho de Minas Gerais (TRT-MG) reconheceu que a companhia de transporte particular possui vínculo empregatício com seus motoristas. Pela decisão expedida por um juiz, o motorista Leonardo Silva Ferreira, autor da ação judicial, deverá ter sua carteira de trabalho assinada pela Uber e receber vários benefícios trabalhistas previstos em lei como horas extras, adicional noturno, verbas rescisórias pelo fim do contrato sem justa causa e outros valores relativos a despesas com combustível, água, balas e tudo mais. Ainda cabe recurso.
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