Android 20 Abr
O Uber é atualmente um dos apps mais populares para caronas ao redor do mundo.
Aqui no Brasil, ele até conseguiu influenciar o comportamento dos consumidores em relação ao tempo que passam atrás do volante bem como alterar sua intenção de compra de veículos.
Apesar de toda essa popularidade, ele quase foi deletado da App Store há poucos dias; em uma reunião recente com Travis Kalanick (CEO do Uber), Tim Cook avisou pessoalmente que o aplicativo seria deletado da App Store.
Aparentemente o Uber violou uma das regras da loja de aplicativos da maçã ao incluir em sua estrutura um código que permitia que o app detectasse quando havia sido deletado nos iPhones.
Apesar do monitoramento restringir-se a apenas isso, ele possibilitava que a companhia soubesse não só quando um dispositivo instalou e deletou seu app, mas também quando ele foi re-instalado — e tal técnica foi 'banida' pela Apple por questões que envolvem a privacidade dos usuários.
Pelo visto, o Uber sabia que estava infringindo uma política da Apple, pois de acordo com o jornal New York Times, a empresa colocou uma espécie de 'cerca de geolocalização' nos arredores do Campus da Apple, para que seus engenheiros não detectassem o uso do recurso.
Em 2015 Cook já havia encontrado com Kalanick para discutir sobre o 'problema', exigindo que o Uber parasse com a prática, e alertando que caso não cooperasse com o pedido, o app seria excluído da App Store.
A saída da loja de aplicativos da Apple afetaria diretamente o serviço, vendo que comprometeria em seu crescimento, ainda mais há cerca de dois anos, quando o serviço ainda dava seus primeiros passos.
A tecnologia de 'rastreamento' foi implementada para impedir criminosos de instalar e re-instalar repetitivamente o aplicativo para usá-lo com cartões de crédito roubados, mas por melhor que sejam as intenções, elas violam as políticas da maçã.
Ela também impede o uso do app em smartphones roubados, trazendo uma segurança extra para os motoristas e clientes.
Para tranquilizar seus usuários, um porta-voz do Uber comunicou à imprensa que a firma não parou de rastrear os dispositivos, mas agora, o faz de uma forma que não viola as regras da Apple:
"Nós absolutamente não rastreamos usuários individuais ou sua localização se eles excluíram o aplicativo. Técnicas similares também são usadas para detectar e bloquear logins suspeitos para proteger as contas de nossos usuários.
Ser capaz de reconhecer usuários mal-intencionados quando eles tentam voltar para a nossa rede é uma medida de segurança importante, tanto para Uber quanto para nossos usuários."
O Uber tem protagonizado vários artigos recentemente, infelizmente, por motivos bem desagradáveis que envolvem o plágio do carro autônomo da Google, processos por fraude, perda de funcionários de alto-escalão como, por exemplo, o presidente, vice-presidente global, e diretora de uma área estratégica dentre outros.
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