A guerra contra as notícias falsas vai ganhando cada vez mais adeptos. A Wikipedia anunciou essa semana uma nova plataforma com o objetivo de conter a enxurrada das ‘fake news’ e propagar conteúdo jornalístico de qualidade.

Agora, o Google também anuncia mudanças em sua ferramenta de busca para tentar conter não apenas notícias falsas e conteúdo sensacionalista, mas também material ofensivo. São três novas opções na busca, que dão maior poder ao internauta, que pode fazer uma espécie de curadoria do conteúdo do Google.

A primeira mudança é um novo link de feedback para o autocompletar. Ao digitar as primeiras palavras de uma busca, o usuário poderá selecionar aquelas que achar serem inapropriadas, com algumas opções para justificar, como conteúdo de ódio, pornográfico e outros.

Já nos snippets, o usuário poderá informar se o conteúdo apresentado foi útil ou se há algum problema, que pode ser informação incorreta ou ofensiva, entre outras opções.

Também foram realizadas algumas alterações nas guias de qualidade da busca para avaliadores, com exemplos mais detalhados de páginas de má qualidade e uma alteração no ranking de busca:

Ajustamos nossos sinais para ajudar a apresentar mais páginas oficiais e rebaixar conteúdo de má qualidade, para que os problemas similares ao que vimos sobre a negação do Holocausto em dezembro tenham menos probabilidade de aparecer.

Apenas relembrando, no final do ano passado, foi descoberto que o Google estava dando destaque a páginas que negavam o Holocausto do que a resultados que falavam sobre o que foi esta passagem da história humana. Depois de se recusar a remover esse tipo de conteúdo das buscas, a empresa se comprometeu a evitar que conteúdo de ódio se espalhasse.

Com as novidades apresentadas nesta terça-feira, espera-se que seja mais difícil para sites com conteúdo ofensivo, extremistas e até mesmo com informações falsas ou imprecisas apareçam entre os principais resultados de uma busca.

É um trabalho difícil, já que, enquanto houver regras e algoritmos, haverá gente aprendendo a manipular a ferramenta para espalhar ódio e desinformação, também, e não apenas aqueles que querem trazer informação de qualidade.