O alto comando da Samsung segue encrencado. O herdeiro pode pegar mais de anos de prisão por acusações de corrupção e executivos envolvidos em pagamentos ilegais estão pouco a pouco deixando a empresa. Isso, porém, não impede que a firma tente se reestruturar.

A Samsung Electronics recebeu uma proposta de reestruturação de um fundo norte-americano e do acionista minoritário Elliott Associates, que propôs que a empresa fosse dividida em duas. Assim, seria necessário a criação de uma holding operacional e holding e a sua inclusão nas bolsas externas, a fim de aumentar significativamente o valor para os acionistas.

A Samsung, que pediu um tempo para estudar a possibilidade, afirmou que não irá adotar a ideia proposta. Em outras palavras, o pessoal da Coreia do Sul descartou completamente a possibilidade de alterar a estrutura da empresa de eletrônicos. Acredita-se que a a estrutura da holding não tem benefícios claros em comparação com a atual estrutura de negócios da marca e que ainda dificultaria a competividade da empresa.

Nos últimos dias, a Samsung decidiu cancelar as ações de tesouraria, um dinheiro que é guardado em uma espécie de reserva e que poderia ser usado para aquisição de outras companhias ou para remunerar bem seus profissionais. O valor dessa brincadeira? US$ 43 bilhões. Esse montante está "guardado" como ações da própria empresa e tende a ser posto à venda na bolsa de valores.

O SamMobile alerta o seguinte:

A Samsung detém 17.981.686 ações ordinárias, que representam 12,9% das ações ordinárias em circulação e 3.229.693 ações preferenciais, equivalentes a 15,9% das ações preferenciais em circulação em tesouraria. Esta etapa é parte do compromisso da Samsung para aumentar o valor de longo prazo para os acionistas.