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Investimento brasileiro em fábrica da Apple é um desastre

13 de abril de 2015 14

Quando a taiwanesa Foxconn Technology fechou um acordo em 2011 prometendo que fabricaria produtos da Apple no país, a expectativa era que a produção do iPhone no Brasil marcasse uma nova era para a produção tecnológica do país. Na época, a presidente Dilma Rousseff e seus conselheiros prometeram que até 12 bilhões de dólares em investimentos nos próximos seis anos transformariam o setor de tecnologia brasileiro e o colocariam na vanguarda do desenvolvimento de telas sensíveis ao toque. O passo seria vital para a criação de uma nova cadeia de suprimentos, gerando empregos de alta qualidade e derrubando os preços de cobiçados aparelhos eletrônicos.

Quatro anos depois, e nada disso se tornou realidade. A Foxconn criou apenas uma pequena fração dos 100 mil empregos que o governo projetou, e quase todas as vagas são de baixa qualificação. Além disso, a presença da Foxconn foi absolutamente irrelevante para o crescimento do setor de tecnologia brasileiro.

Os iPhones produzidos em São Paulo, são os únicos do mundo feitos fora da China, apesar disso, eles ainda custam aproximadamente mil dólares (iPhone 5S de 32 gigabytes desbloqueado), ou seja, está entre os maiores valores do mundo e cerca de duas vezes o preço que ele é vendido nos Estados Unidos, um local que ele não é fabricado.

O fato de o Brasil ter tão pouco a mostrar sobre os investimentos da Foxconn indica a fraqueza de sua política industrial, definida por caros incentivos fiscais que levaram a um amplo déficit do governo sem impulsionar o crescimento. A economia brasileira está hoje próxima à recessão e a produtividade da força de trabalho brasileira está estagnada.

Tirando pela Apple Store brasileira, os demais investimentos da empresa no Brasil foram em vão.

Em termos de mercado a Apple cresce, apesar de ter enganado os brasileiros

Apesar dos problemas na produção, no campo do consumo as vendas de iPhones da Apple no Brasil ainda sobem. As remessas subiram mais de 40 por cento no último ano, atingindo o número de 2,9 milhões em 2014.

As principais promessas, no entanto, foram vazias, apesar de ter ocorrido um pequeno aumento na montagem de iPhones e iPads no Brasil durante 2012, existe pouco a dizer além disso. A empresa colheu de benefícios fiscais do governo, como consequência ela fez uma série de compromissos públicos, como um investimento inicial de 1 bilhão de reais para criar um parque industrial de produção de componentes local em dois anos. A localização seria Itu, no interior de São Paulo. Infelizmente, hoje o local permanece vazio. Escavadeiras começaram a nivelar a terra no fim do ano passado.

A Apple e a Foxconn falharam tão miseravelmente no projeto que até mesmo o vereador Givanildo da Silva, que ajudou na doação de aproximadamente 100 acres de terra para a Foxconn, desde então se virou contra o projeto. "As pessoas estão realmente frustradas", disse. "Ainda estamos esperando todos aqueles empregos que até agora são promessas vazias."

A prefeitura de Itu disse em comunicado que deu todo o apoio necessário para levar a Foxconn à cidade, recusando-se a informar as razões para o atraso.

No outro lado da disputa, a Foxconn disse que a fábrica deve se tornar operacional até o fim deste ano, elevando sua força de trabalho a mais de 10 mil funcionários no Brasil, apesar de não fornecer o número atual de postos de empregos ou informar quantos trabalham atualmente nos produtos da Apple.

Atualmente, a empresa Taiwanesa possui cinco fábricas no país que fazem produtos sob contrato para várias companhias de tecnologia, incluindo uma unidade que produz aparelhos da Apple em Jundiaí, a cerca de 50 quilômetros de Itu.

"A Foxconn continua investindo em nossas operações no Brasil", disse a companhia em comunicado. "Estamos comprometidos com nosso objetivo de introduzir tecnologias inovadoras que permitem a nossos funcionários no Brasil focar em elementos de alto valor agregado."

Trabalhadores entrevistados do lado de fora da fábrica em Jundiaí disseram que ainda não há trabalho tão qualificado e que se recebe pouco acima do salário mínimo. Evandro Oliveira Santos, líder do sindicato local de metalúrgicos, em entrevista para a Reuters alegou que a entidade estava organizando uma greve na fábrica. Seria a quarta greve em quatro anos.


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