06 Outubro 2015
Esta semana vimos a Apple anunciar os seus novos smartphones para 2015. Durante o evento, foi informado que tanto o iPhone 6s quanto o 6s Plus trazem o novo chipset Apple A9, que, de acordo com a empresa, é 80% mais rápido que seu antecessor. Infelizmente, como acontece a cada ano, a gigante de Cupertino nunca informa detalhes sobre o SoC, como a quantidade de núcleos, velocidade de operação, processo de fabricação ou quantidade de memória RAM.
Com a falta de informações oficiais ficamos esperando por vazamentos vindo por aqueles que colocaram as mãos nas primeiras unidades. Agora, temos uma boa notícia, talvez para muitos, de que a empresa realmente resolveu investir em seu chipset este ano. Para começar, a novidade não traz apenas dois ou três núcleos, mas sim quatro nesta geração – assim como sua versão mais parruda Apple A9X estreada no iPad Pro.
No entanto, há um detalhe curioso. Ao invés de a Apple juntar todos os núcleos em um só cluster (bloco de processamento), a empresa usou uma arquitetura que estamos acostumados a ver em chipsets octa-core. Ou seja, aqui você tem dois clusters separados conectados por uma memória cache. O primeiro é um processador dual-core com velocidade máxima de 1,7 GHz, enquanto o segundo traz mais uma solução dual-core, mas desta vez a 1,2 GHz. O que tudo isso significa?
Na implementação big.LITTLE da ARM, que estamos acostumados a ver nos Exynos da Samsung e também alguns Snapdragon da Qualcomm, os núcleos mais lentos cuidam de tarefas mais leves, enquanto os mais rápidos cuidam dos apps e serviços mais exigentes. Talvez esta solução da Apple seja para contornar o aumento no consumo de bateria, já que tudo indica que o iPhone 6s vem com uma capacidade energética menor do que no modelo anterior.
Será que essa mudança será eficiente para conter o maior consumo? Não esqueça que o Apple A9 é fabricado a 14nm em processo FinFET da Samsung, o mesmo usado no Exynos 7420. Esse avanço faz com que o novo chipset consuma menos e também esquente menos que o anterior. Além disso, os 2 GB de RAM introduzidos nos novos iPhones são do padrão LPDDR4 que apresenta não apenas um ganho considerável na velocidade, mas também traz um consumo menor para o aparelho.
Para quem esperava que a Apple finalmente saísse da solução dual-core com 1 GB de RAM, os novos iPhones começam a ficar interessantes, não? Agora estamos ansiosos para ver o desempenho que o iOS poderá tirar deste novo hardware mais poderoso. Será que as concorrentes vão ter trabalho para oferecer algo ainda mais potente?
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