17 Fevereiro 2016
Em um programa de 60 minutos da CBS, algumas figuras importantes da Apple, como Angela Ahrendts, cabeça da companhia no setor de varejo, Jony Ive, chefe de design, e o CEO Tim Cook, deram uma visão sobre a empresa. Falaram sobre diversos assuntos, desde práticas de design e de varejo da Apple, até as questões polêmicas como criptografia e o terrorismo, e a construção do novo campus de em forma de "nave espacial".
Não houve conversas sobre aparelhos e produtos que a empresa pretenda lançar no futuro, mas algumas discussões interessantes sobre o novo iPhone 6s Plus e sua câmera tiveram destaque. O apresentador Charlie Rose ouviu que o módulo da câmera do telefone é feito de mais de 200 peças individuais, e que mais de 24 bilhões de operações são processadas sempre que uma foto é tirada. Uma equipe de 800 engenheiros foi a responsável por desenvolver o módulo.
Durante a entrevista com Tim Cook, um dos primeiros temas foi o problema recente sobre a privacidade, em uma época de preocupações de segurança nacional relacionadas ao terrorismo. O CEO, como de praxe em seus discursos sobre o assunto, afirmou que não deveria haver uma escolha entre as duas coisas - privacidade e segurança - bem como repetiu sua postura contra a existência de backdoors para dispositivos de consumo.
Cook também falou de duas outras questões que muitas vezes tornam-se dores de cabeça para o departamento de relações públicas da Apple: os impostos sobre os rendimentos no exterior e uso pesado de mão de obra chinesa na fabricação.
Sobre impostos, Cook explicou que a ideia de que a Apple tem planejado uma maneira de se livrar de impostos corporativos é "um disparate político." Ele diz que a empresa paga todas as taxas, e diz que os códigos de taxas dos EUA são desatualizados, e que custaria 40% para trazer seu dinheiro no exterior para casa. "Este é um código de imposto que foi feito para a era industrial, não na era digital. É retrógrado".
Quanto ao trabalho chinês, Cook diz que a prática não tem nada a ver com salários, mas é porque os trabalhadores na China têm habilidades vocacionais importantes na fabricação, das quais os EUA se moveram para longe. "A China coloca um enorme foco na fabricação. Os EUA, ao longo do tempo, começaram a parar de ter tantos tipos de habilidades vocacionais."
Para os interessados em assistir a entrevista completa, o vídeo está disponível na íntegra (em inglês), no link da fonte logo abaixo.
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