13 Outubro 2016
Apple, uma vez temida por processar qualquer tecnologia que se mexe, começou a sofrer com várias disputas judiciais por, supostamente, violar patentes em certas tecnologias usadas no iPhone. Desta vez, a bola fora da vez é o 3D Touch. Chamado de Force Touch nos primeiros dispositivos da gigante de Cupertino, incluindo o MacBook e o Apple Watch, a tecnologia adiciona o sensor de pressão às telas touch, oferecendo mais ações no sistema operacional conforme a pressão aplicada pelo usuário sobre o display.
Acontece que a Immersion, provavelmente desconhecida pela maioria, voltou a colocar a grande Maçã na justiça dos Estados Unidos. A pequena companhia já havia acionado a rival, ocasião registrada em meados de fevereiro deste ano, porém agora adiciona o trackpad dos MacBooks na lista de aparelhos que teriam infringido suas patentes.
Além do iPhone 6s, iPhone 6s Plus e as três versões do Apple Watch, original, Sport e Edition, o MacBook com o Force Touch em seu trackpad também foi dirigido à justiça dos EUA como violador da patente da Immersion. Trata-se, especificamente, do motor háptico, que teria sido criado pela Immersion e usado de forma criminosa pela Apple em seus produtos.
O mais estranho é que não é somente a empresa liderada por Tim Cook a vítima do processo, mas também a AT&T, uma das maiores operadoras de telefonia móvel nos EUA. O motivo dado pela criadora da batalha judicial é porque... a AT&T vende produtos da Apple. Se você fez uma cara de “mas o que?” ao saber disso, espere até lembrar que a Verizon, T-Mobile e Sprint também comercializam os dispositivos com estampa de maçã, podendo ser, ainda nas próximas semanas, adicionadas no processo.
Acredita-se que a Immersion queira levar a Apple a um julgamento completo com júri, levantando a pauta sobre o quanto a Maçã deve pagar por ter violado as patentes do motor háptico envolvidas no uso do 3D Touch e Force Touch nos aparelhos celulares, notebook e relógio inteligente da marca estadunidense. Recentemente, a companhia confudada por Steve Jobs tem, de fato, desembolsado quantias milionárias em polêmicas do gênero.
Da última vez, por ter usado uma tecnologia indevidamente na Siri, assistente virtual do iOS, ela fez um acordo de US$ 24,9 milhões, mantendo o caso congelado por três anos, podendo ser retomado a partir daí. Um dos principais prejuízos enfrentados pela empresa, no entanto, foi com a Virtnex, criadora de um dos mecanismos do FaceTime e iMessage, sendo obrigada a pagar US$ 625 milhões por licenças de uso.
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