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Vai ficar mais caro? Apple considera fabricar iPhones nos EUA

17 de novembro de 2016 34

Assim como muitas empresas ocidentais, a Apple, apesar de trazer em todos os seus produtos o famoso "Designed in California", fabrica-os na China, onde a mão-de-obra é quase escrava mais barata.

Entretanto, segundo informações recentes publicadas pelo site asiático Nikkei Asia Review, a gigante de Cupertino pode estar considerando migrar sua produção para os Estados Unidos.

O artigo comenta que a empresa de Tim Cook enviou um pedido para a Foxconn, sua principal fornecedora, para 'estudar' a possibilidade de fabricação em sua terra natal, com início das atividades para junho de 2017.

O CEO da Foxconn, Terry Gou, mostrou-se preocupado com o pedido, afinal de contas, construir iPhones nos EUA poderá duplicar o preço do processo de fabricação, o que ameaça reduzir consideravelmente as margens de lucro da maçã.

A maçã já havia feito uma requisição similar a outra de suas fornecedoras, a Pegatron, mas a empresa recusou prontamente por causa dos custos envolvidos. Além do problema em relação à mão-de-obra.

Outra questão que preocupa a Apple está relacionada ao controle em relação à produção em massa, algo que é levado muito a sério na China.

O próprio Tim Cook já elogiou o quão focado o país é em relação às linhas de produção, classificando o controle sobre estas como uma espécie de "vocação" dos chineses; sem contar que, com a redução no número de empregados, os tempos de espera pelos produtos poderiam acabar aumentando.

A iniciativa pode estar diretamente ligada ao fato de que Donald Trump, presidente recém-eleito na terra do Tio Sam, comentou que pressionaria a maçã a fabricar dispositivos localmente, além de aumentar as taxas para produtos vindos da China, para estimular o consumo local e gerar mais empregos.

Resta saber se com isso, agregado ao fato da possível adição de componentes ainda mais avançados no iPhone como, por exemplo, a corroborada câmera com realidade aumentada, os preços finais do dispositivo conseguirão se manter no mesmo patamar — afinal de contas, ele já é bem caro, especialmente para nós brasileiros.


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