O Lulu, aplicativo restrito às mulheres, que podem avaliar seus pretendentes e ex-namorados anonimamente, está no centro das polêmicas nos últimos dias. Muitos homens se sentiram ofendidos, enquanto outros aproveitaram a ideia para manter uma “vitrine” pessoal. E já tem gente lucrando com isso. Em meio à explosão da popularidade do app, surgiu o serviço LuluFake, que vende comentários positivos.

O site oferece três planos diferentes, que custam R$24,90, R$59,90 e R$90,90 para uma, três e seis avaliações, respectivamente. Segundo a página, o campeão de vendas é o segundo, chamado de “comedor”.

“Eu via homens reclamando que não tinham como se defender, porque as mulheres avaliavam como queriam. E vários deles pedindo para avaliarem positivamente. Logo vi que podia vender essas avaliações”, conta o criador da novidade, Flavio Estevan, ao G1.

LuluFake

Estevan é praticamente um especialista nesse tipo de assunto. Ele também é o criador do Namoro Fake, site que oferece namorados ou namoradas para “impressionar” os amigos no Facebook. Nesse serviço, os planos variam ente R$10 e R$120, de acordo com a quantidade de comentários postados pela “cara-metade” e o tempo de duração da relação falsa.

Curiosamente, são justamente as namoradas fakes do site as encarregadas pelas avaliações encomendadas para o Lulu. Estevan calcula que cerca de 200 delas estão atuando nessa função, sendo que o LuluFake vendeu mais de mil pacotes nas primeiras 24 horas, segundo o site oficial. Ainda de acordo com Estevan, algumas das garotas chegam a receber entre R$800 e R$ 1mil por mês, já que elas recebem uma porcentagem de cada cliente como pagamento.

Enquanto alguns desembolsam uma grana para melhorar sua imagem no Lulu, outros recorrem à Justiça. É o caso do estudante de direito Felippo de Almeida Scolari, de 28 anos, que entrou com uma ação contra o aplicativo e o Facebook e pediu R$ 27 mil de indenização. O Lulu virou alvo de um inquérito do Ministério Público do Distrito Federal e a desenvolvera Luluvise tem até sexta-feira (06/12) para prestar esclarecimentos. A empresa corre o risco de ser multada por dano moral coletivo. [G1]