22 Dezembro 2014
Um dos motoristas do Uber, serviço para "chamar carros" que vem se tornando cada vez mais popular ao redor do mundo, foi acusado de homicídio veicular em conexão com a morte de uma jovem que atravessava uma das ruas de San Francisco, na última véspera de ano novo. Syed Muzzafar foi acusado nesta segunda-feira (8) pelo Gabinete do Procurador Distrital de San Francisco com a alegação de golpear e matar Sofia Liu, uma criança de 6 anos de idade que caminhava em uma faixa de pedestres com sua família.
Ele será indiciado nesta quarta-feira (10). Muzzafar, que alega que naquele dia era a sua folga, foi proibido de atuar na empresa após o incidente. A família de Liu leu os arquivos sobre a morte da menina e decidiu não julgá-lo por homicídio culposo, afinal, segundo eles, o motorista não foi tão responsável quanto parece.
"A última cosa que eu vi do motorista da Uber quando ele matou a minha menina, e mudou para sempre a minha vida, foi ele olhando o tempo todo para o seu telefone", diz Huan Kuang, mãe da menina, em um comunicado divulgado pelo seu advogado na terça (9). "O motorista é um homem que estava trabalhando para alimentar sua família e que fez algo de errado, mas o Uber foi o responsável por fazê-lo olhar para o seu telefone. O Uber é tão responsável quanto Muzzafar, mas eles dizem que não são", completa.
O caso de Mazzafar é apenas mais um que o Uber vem enfrentando. Recentemente, uma suspeita de estupro por um de seus motoristas foi divulgada na imprensa, fazendo com que graves consequências para a imagem da empresa fossem causadas. O Uber até mesmo foi "expulso" da cidade de Nova Délhi, que optou por também proibir outras empresas que agiam da mesma maneira, oferecendo serviços para usuários que precisam de carros temporários.
A fiança de Muzzafar foi situada em US$50 mil, mas o rapaz só será julgado nesta quarta-feira.
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