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Os homens do futuro serão deuses ciborgues imortais?

29 de maio de 2015 8

“Os ricos se tornarão ciborgues parecidos com deuses”, é isto que acredita o Doutor Yuval Noah Harari, professor de história da Universidade de Jerusalém. Para ele, esta mudança radical deve acontecer nos próximos 200 anos utilizando biotecnologias e engenharia genética.

Com estes aprimoramentos o homem se tornará uma nova forma de divindade, um ser imortal com poderes diante da vida ou da morte. O grande problema é que esta mudança não viria para todos, e sim para os ricos.

“Os seres humanos não serão capazes de resistir a tentação de aprimorarem. Nós fomos programados para ser insatisfeitos, mesmo quando os homens recebem prazer ou realizam coisas eles ainda pensam que não é o bastante. Eles ainda querem mais”, disse o professor Harari em um congresso no País de Gales.

“Eu acredito que nos próximos 200 anos ou mais o homo sapiens vai se transformar em algo próximo a uma divindade, talvez por manipulação biológica, engenharia genética ou pela criação de ciborgues, com partes orgânicas e partes mecânicas. Será a maior evolução em biologia depois do aparecimento da vida, afinal nada realmente mudou do ponto de vista biológico nos últimos 4 bilhões de anos, mas nós seremos tão diferentes dos humanos de hoje quanto os macacos são de um fungo.”

Privilégio dos ricos?

A tecnologia para fazê-lo seria restrita as camadas mais altas da população, acredita Harari. Segundo ele, até os dias de hoje a humanidade andou seguiu inventando ficções como a religião, o dinheiro e a ideia de direitos humanos fundamentais. Enquanto a humanidade acreditava que eles dependiam mais e mais desses “deuses” ele eram mais controláveis.

“Nos últimos séculos a humanidade vem se tornando cada vez mais independente e não precisa mais se valer da ajuda “divina”, do ponto de vista religioso, o lugar mais interessante da Terra não é mais o oriente médio, e sim o vale do silício. Lá as pessoas estão desenvolvendo uma tecnoreligião na qual a morte é apenas um problema menor a ser resolvido. Não precisamos mais de deus agora que temos tecnologia.”

Comentários críticos sobre as ideias de Harari

Ainda que seja claro que a humanidade é cada vez menos dependente do discurso religioso, é necessário ser cego ao não perceber que em pleno século XXI o extremismo ainda está presente em diversas nações do mundo, inclusive nos Estados Unidos. Descartar a necessidade do homem por esse tipo de pensamento, é acreditar realmente que deixaremos de ser humanos nos próximos 200 anos.

Este tipo de mentalidade para o futuro do homem, já deve estar presente em nossa história desde o século XIX, e até hoje ainda não aconteceu, muito pelo contrário. No século XIX, momento auge do positivismo científico, a sociedade ocidental acreditou que a ciência traria uma nova época de luz e razão a todos, a superação de nossas barreiras sociais. E o resultado foi o século mais bárbaro e violento da história, onde esta mesma tecnologia acabou por ser emprega nos campos de guerras responsáveis pela morte de milhões de pessoas no mundo. Um século que começou com o massacre dos armênios e que culminou em três grandes guerras mundiais, ainda que a terceira não tenha sido um conflito direto entre suas duas potências.

Máquinas nos ajudarão a não envelhecer?

O que faltava em termos de visão, para os profetas da ciência perfeita do século XIX? Uma visão de classe, eles pegaram o seu modo de vida e o seu bem estar como paradigma para o futuro, e se esqueceram que a maioria da população ainda não estava próxima de atingir este patamar. O resultado foi aquele descrito logo acima.

O professor fala que os homens vão superar ficções como a “religião, o dinheiro e a ideia de direitos humanos fundamentais”. No entanto, ele afirma que apenas os ricos se tornarão deuses. Ou seja, quando ele pensa em um futuro longínquo como daqui a 200 anos, apesar de afirmar que o dinheiro é uma ficção, ele é incapaz de pensar que os sistemas econômicos poderão sofrer transformações igualmente relevantes.

Ele também falha em colocar os direitos humanos no mesmo patamar do dinheiro e da religião. O sentimento de empatia do homem para com o homem não pode ser subestimado, apesar disso, do ponto de vista histórico essa afirmação não faz o menor sentido. Desde a sua criação pelos filósofos iluministas, os direitos fundamentais do homem saíram da França e ganharam o mundo, ainda que ainda existam violações o número de nações que prometem sustentar esta carta só cresce, e cada vez mais direitos são contemplados como fundamentais.

Acreditar no transhumanismo, que o homem vai superar sua própria condição de homo sapiens em um futuro próximo, é algo esperado e possível, mas os termos deste professor parecem ser absolutamente neopositivistas, elitistas e equivocados.


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