10 Julho 2015
Após os protestos na França que envolveram os taxistas contra o serviço do Uber, o Ministro do Interior da França, Bernard Cazeneuve, moveu hoje uma ação legal para encerrar definitivamente o UberPOP no país. A notícia foi comunicada pela Reuters.
Os protestos ocorridos ontem em Paris foram movidos por cerca de 3.000 taxistas que se espalharam por diversos pontos da cidade e rotas para aeroportos. Sete policiais foram feridos, 70 veículos danificados e 10 pessoas presas durante a manifestação. As autoridades francesas ordenaram à polícia que proibissem e, se necessário, apreendessem os carros dos motoristas do UberPOP.
Porém, o gerente geral da Uber na França respondeu que as medidas "não mudam nada", e que a UberPOP continuaria a operar. Embora, o presidente Francois Hollande tenha considerado os atos violentos dos manifestantes no protesto como "inaceitáveis", também declarou que "UberPop deve ser dissolvido e declarado ilegal."
Seguindo essa postura, Cazeneuve disse que a atitude da companhia é "arrogante", ao declarar que continuaria atuando em detrimento ao decreto. Adicionou ainda que que qualquer outra declaração dos diretores da companhia que ignore a decisão de proibição, será "uma ofensa criminal".
Estamos em um Estado de direito e a lei vai governar
De qualquer forma, a postura da Uber provavelmente deve-se ao fato de que no início do ano, o Ministério também proibiu a atuação da empresa no país, mas ao recorrer à corte de apelações, o resultado foi que na pendência de uma decisão final, em setembro, a Uber poderia continuar a oferecer UberPOP em seu aplicativo, na França.
Devido a esse fato, a companhia alega que o governo favoreceu manifestantes violentos e interferiu no curso normal da justiça, que seria aguardar a decisão em setembro. De qualquer forma, a operação do UberX e UberBLACK ainda é legal e os protestos agora estão bem diminutos, reduzidos a um pequeno número de motoristas.
Além disso, o ataque terrorista com bandeira islâmica na França, ocorrido hoje, deve mover a atenção do Ministério para assuntos mais sérios, bem como de toda a população.
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