05 Dezembro 2016
Nós já falamos diversas vezes aqui no Tudocelular que o aparelhos como o Chromecast e serviços como o Netflix são o futuro da televisão, e que a velha TV, com horários de programação, comerciais e etc, está vivendo uma lenta morte. Os números divulgado sobre o mercado de TV por assinatura agora com o final de 2015, comprovam essa tese e mostram que ele atravessa uma das piores crises de seus quase 25 anos de história no Brasil. Segundo dados da Anatel o setor perdeu meio milhão de assinantes em apenas quatro meses, de julho a novembro. As operadoras encerraram o penúltimo mês de 2015 com 19,167 milhões de assinantes, uma queda de 2,5% em relação aos 19,658 milhões de clientes que tinham em julho.
No final de julho do ano passado, a ABTA (Associação Brasileira de TV por Assinatura) previa fechar 2015 com um "crescimento zero". De fato, a oscilação na base de assinantes durante o primeiro semestre foi pequena. No segundo semestre, no entanto, as quedas foram sucessivas, mês a mês. Em novembro, os números pioraram. Em apenas 30 dias, as operadoras perderam 232.641 assinantes. Ainda que muitos possam querer culpar a crise econômica, não podemos esquecer a relevância que serviços como o Netflix possuem, que quadruplicaram de tamanho durante 2015.
Todas as operadoras registraram queda em novembro. Líderes do mercado, a Net e Claro pela primeira vez no ano fecharam um mês com menos de 10 milhões de assinantes (9.989.447, ou 97.817 a menos do que em outubro). Segunda maior operadora, a Sky registrou redução de 67.046 em sua base e fechou o mês com 5,413 milhões de pagantes. Até a estável Nossa TV, sustentada pelos fiéis da Igreja Internacional da Graça, de R.R. Soares, sentiu os efeitos da crise. Perdeu 363 clientes dos pouco mais de 130 mil que possui.
O formato de televisão com canais e conteúdo programático é tão antiquado e estranho para as novas gerações que não será estranho se a queda em 2016 se mostrar ainda mais intensa. Fica claro que o problema não é a crise econômica, quando há poucos meses atrás lançamos uma notícia que mostrava que os EUA também perdeu quase metade de sua audiência na televisão.
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