30 Abril 2021
Praticamente qualquer tipo de eletrônico atualmente conta com bateria de íons de lítio para ser alimentado. Esta tecnologia já existe há muitos anos no mercado e mostra um nível de maturidade que a torna segura para ser usada em qualquer tipo de dispositivo. No entanto, é inegável que a mesma conta com limitações, ainda mais quando smartphones e outros tipos de produtos seguem avançado tecnologicamente e exigindo baterias com capacidade cada vez maiores.
Diante da maior demanda por baterias cada vez maiores em dispositivos móveis, cientistas vêm buscando soluções alternativas, e a composição de lítio-enxofre passa a ser a mais indicada em ser a sucessora de íons de lítio. Chamada de Li-S, esta tecnologia promete oferecer quatro vezes mais capacidade energética ocupando o mesmo espaço de uma bateria convencional.
Outra grande novidade está na eficiência energética ampliada, onde baterias de íons de lítio acabam perdendo sua autonomia após vários ciclos gastos. A Sony até lançou uma atualização para a linha Xperia trazendo o recurso Soft Charging que busca reduzir tal desgaste. Por outro lado, as baterias de lítio-enxofre apresentam uma perda energética muito menor com o passar do tempo, o que permitirá passar anos com o mesmo smartphone sem sentir uma perda considerável na autonomia do mesmo.
Células de lítio-enxofre ainda apresentam alguns problemas, como a possibilidade de explosão ao alcançarem altas temperaturas. Para contornar este problema, pesquisadores da Universidade de Western Ontario e da empresa Canadian Light Source desenvolveram uma técnica de revestimento, que recebe o nome de Deposição de Camada Molecular (MLD), permitindo levar as baterias de lítio-enxofre a temperaturas elevadas. Esta abordagem nada mais é do que uma variação da deposição convencional de partículas atômicas, que deposita películas finas de óxido inorgânico.
Os testes realizados mostraram que estas baterias podem trabalhar com segurança até a temperatura de 55°C. Trabalhando abaixo desta temperatura, as baterias podem ter um tempo de vida bastante logo. Só resta saber se tal tecnologia estaria pronta para ser lançada em smartphones nos próximos meses.
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