Android 02 Out
Hacker acusado de extorquir a primeira-dama Marcela Temer, Silvonei José de Jesus Souza deve ir a julgamento nas próximas semanas e pode pegar até 15 anos de prisão.
Silvonei é acusado de ter clonado o celular de Marcela e de ter exigido R$ 300 mil para não vazar fotos íntimas e áudios da esposa do presidente Michel Temer. O processo corre sob segredo de Justiça. A chantagem teria sido feita em abril, mas tornou-se de conhecimento público no mês seguinte.
Mas, como o homem conseguiu acesso ao telefone da primeira-dama? Silvonei teria descoberto o número de telefone pessoal de Marcela ao comprar um CD pirata que armazenava dados de diversas pessoas públicas e anônimas. Ele, então, clonou o WhatsApp e, se passando por ela, pediu R$ 150 mil ao irmão da vítima para uma suposta pintura.
Depois disso, Silvonei teria conversado diretamente com Marcela e pediu R$ 300 mil citados pela acusação. O hacker teria ainda ameaçado divulgar áudios que, "fora de contexto", poderiam comprometer a imagem de Michel Temer (PMDB), que na época era vice-presidente e aguardava o resultado do processo de impeachment de Dilma Rousseff (PT).
O processo está nas mãos da juíza Eliana Cassales de Melo, da 30ª Vara Criminal da Barra Funda, e aguarda apenas a anexação de alguns lados para que seja realizado o julgamento. Atualmente, o hacker está sob custódia na penitenciária Doutor José Augusto César Salgado, o PII, em Tremembé, interior paulista.
Fora do Brasil, os cibercriminosos continuam a trabalhar incansavelmente. Hackers, possivelmente de origem russa, têm se dedicado a violar o sistema eleitoral dos Estados Unidos, do presidente Barack Obama, de jornalistas daquele país e até mesmo da NSA.
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