Curiosidade 02 Mai
Não é de hoje que usuários do Twitter, Facebook ou até as pessoas nas ruas e em mesas de bar comparam a situação política do Brasil com a série House of Cards. O cenário político nacional vive dias intensos há muito tempo, desde antes da queda da ex-presidente Dilma Rousseff, e continua durante o mandato de seu vice, Michel Temer.
Faz pouco mais de um ano que o político paulista, filiado ao PMDB, assumiu o cargo, primeiro interinamente, enquanto o processo de impeachment de sua titular corria no Senado, e há cerca de seis meses de maneira oficial e definitiva. Mas parece que seu tempo como mandatário máximo do executivo do país já está chegando ao fim.
As constantes reviravoltas e revelações trazidas semana após semana pelas investigações da Lava Jato sempre causam uma nova onda de comparações com House of Cards. Mas, dessa vez, parece que o Brasil superou a ficção. E o perfil da série no Twitter reconheceu, em uma postagem em português.
Tá difícil competir.
— House of Cards (@HouseofCards) 17 de maio de 2017
A Netflix Brasil também entrou na onda e respondeu a um twitteiro sobre a possibilidade de fazer uma versão brasileira da famosa série que retrata a vida política de um congressista fictício, Frank Underwood.
@quaseheroinan @HouseofCards Eu até tentaria, mas se eu reunisse 20 roteiristas premiados não conseguiria chegar numa história à essa altura...
— Netflix (@NetflixBrasil) 18 de maio de 2017
Para quem está por fora, o Brasil vive um momento histórico nesta semana, depois que o jornal O Globo revelou haver provas de que o presidente Michel Temer estaria envolvido em atos ilícitos de muita gravidade. Segundo a reportagem, o mandatário teria sido gravado autorizando pagamento de propinas e compra de juízes.
A quinta-feira foi de expectativa no país. Boa parte da população esperava pela renúncia do presidente, que tem níveis recorde de rejeição. Porém, não foi o que aconteceu: Temer recusou-se a renunciar, garantindo que tiraria a história a limpo e provaria sua inocência junto ao Supermo Tribunal Federal (STF), além de pedir investigação rápida.
Desde então, os áudios da conversa foram finalmente divulgados, e não há ainda consenso se realmente há alguma prova de ato ilícito. Alguns especialistas dizem que tudo o que há ali é o presidente escutando uma pessoa revelar seus crimes, enquanto outros lembram que o áudio é parte de uma ação conjunta com a Polícia Federal.
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